O Orçamento Municipal de Estremoz para 2023 foi chumbado, recentemente, em sede de reunião de Câmara, pelos partidos da oposição: PSD e MIETZ.
Tendo em conta esta situação, o município convocou uma conferência de imprensa, para esclarecer a população sobre este assunto. O presidente da Câmara de Estremoz, José Sádio, revela que se vive, neste momento e tendo em conta o chumbo do orçamento, “uma crise política em Estremoz, que era de todo inesperada e totalmente dispensável”.
Tendo presente que a Câmara governa sem maioria, recorda o autarca, “a democracia envolve falar com todos, temos noção da importância estratégica e fundamental que é ter um orçamento, pedimos contributos a todos os partidos. O PSD, tal como no ano passado, porque lhe oferecemos pelouros e os rejeitou, combinamos que todos os anos, iríamos reunindo e recolher os seus contributos e ver a exequibilidade, com tempo, pedimos as propostas e foram discutidas, online, uma semana antes, em 12 propostas, nove eram exequíveis, três não eram, explicámos isso, mas em momento algum houve demonstração de intenção de reprovar o orçamento”.
José Sádio explica que, na reunião, “fomos confrontados com a oposição do PSD e MIETZ, uma coligação negativa que nos impede de governar, e o que fiz foi, de forma responsável, apesar de saber que estão reunidas todas as condições reunidas para haver eleições, não o desejo, não por ter receio do que possa acontecer, porque tenho noção do que temos feito, mas mais do que qualquer ganho político é a responsabilidade de saber que parar uma Câmara, como a de Estremoz, por seis meses pode ser trágico para o futuro do concelho”.
Neste momento, já foi enviado de novo o ofício dos vereadores, para que, no prazo de uma semana “digam o que entendem fazer, para viabilizarmos o Orçamento, acrescenta José Sádio.
O autarca diz que “há abertura ao diálogo e à participação e a minha vontade, em prol de Estremoz, é total e estamos abertos a incorporar outros contributos e sugestões, e sendo viáveis, no dia 28, em reunião de Câmara, podemos estar em condições de viabilizar o Orçamento”.
José Sádio diz que, na conferência de imprensa tentou explicar os riscos que se correm pelo facto de o Orçamento Municipal não ser aprovado. “Não podemos afirmar que não há problema em governar sem orçamento, mas há riscos sérios e graves, para o município, que não consegue governar sem o orçamento”.