O cenário de crise energética global, obriga os países e as organizações a tomar medidas de poupança de energia e acelerar processos de transição energética para energias limpas.
O município de Alandroal tem vindo a adotar várias medidas para acelerar a transição para as energias renováveis, promover a eficiência dos recursos hídricos e a mobilidade sustentável no território, ao mesmo tempo que procura criar condições para atrair investimento nestas áreas, estratégicas para o desenvolvimento futuro.
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O município está envolvido no projeto conjunto da CIMAC para o aumento da eficiência energética na iluminação pública, já implementado, e desenvolveu projetos de eficiência energética para os edifícios municipais de maior consumo, que aguardam financiamento comunitário.
O recurso a tecnologia LED em todas as substituições de luminárias e em todos os novos projetos municipais e a responsabilização pelos próprios consumos de todas as associações do concelho em edifícios municipais cedidos são outros exemplos de esforços já em curso para a redução dos consumos.
Ao nível do consumo energético da frota municipal, foi feito, nos últimos anos, um esforço de renovação por viaturas mais modernas e menos poluentes, superior a um milhão de euros de investimento, com impacto positivo nos consumos globais e nas restantes despesas associadas a manutenções e reparações. O município está agora a apostar na aquisição de viaturas híbridas e elétricas.
Do lado da gestão da água, foram feitos investimentos significativos na instalação de um sistema de Zonas de Medição e Controle de Caudal (ZMCs) que ajudam a detetar e sinalizar de forma precoce as fugas e ruturas que acontecem com grande regularidade numa rede obsoleta e envelhecida por cerca de 50 anos sem intervenções de fundo de renovação.
Devido aos compromissos de equilíbrio orçamental e gestão de fundos comunitários, o município pratica preços da água que asseguram uma taxa média de cobertura de custos dos sistemas de água, saneamento e resíduos na ordem dos 90%. Um processo fundamental para garantir a capacidade de intervenção constante no sistema, mas que também transmite aos munícipes uma ideia do custo real de captação, tratamento e disponibilização deste recurso que pode contribuir para aumentar a sensibilidade e os níveis de poupança.
Há muito que a autarquia reduziu quase a zero o consumo de água em fontes e fontanários e é pioneira na implementação de arranjos urbanísticos que promovem o aumento do ensombramento para combater ondas de calor com recurso a plantas autóctones mais resilientes e com menores necessidades de água, bem como o recurso a técnicas ancestrais de rega para apoiar o crescimento dos milhares de árvores que estão a ser plantadas por iniciativa municipal.
Contudo, a situação de seca que a região e país viveram este ano, a tendência crescente para que situações desta natureza sejam mais frequentes e mais severas à medida que aumentam os impactos da crise climática global e a particular vulnerabilidade da maior parte do território do concelho aos seus efeitos, levam-nos a acelerar processos, a definir algumas medidas urgentes de mitigação, de curto prazo, sem esquecer o planeamento de ações mais profundas, de médio e longo prazo, em grande parte a serem neste momento definidas no Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas.
Neste documento são vertidas as orientações do governo e da CIMAC que se adaptam à nossa realidade local e medidas especificas resultantes do conhecimento dessa mesma realidade e dos processos em curso na autarquia.
As medidas abrangem transportes, edifícios, iluminação pública e relação com o associativismo e incluem a redução da iluminação de Natal ao período de 16 a 25 de dezembro, noite de passagem de ano e noite de Reis (habitualmente, de 08 de dezembro a 06 de janeiro) e das 18h00 às 00h00, reduzindo em 75% os consumos energéticos habituais da quadra natalícia.
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