O júri do Prémio Nacional das Letras Espanholas escolheu o romance Chuva Miúda, de Luis Landero, escritor nascido em Albuquerque, na vizinha província de Badajoz, como vencedor da edição de 2022.
«Um extraordinário narrador, criador de numerosas ficções com personagens e atmosferas de grande expressividade», explicou o júri ao justificar a sua escolha. Combinando «a tradição de Cervantes com o domínio do humor e da ironia» e simultaneamente «incorporando com brilhantismo o papel da imaginação», Luis Landero traduzido em português na Porto Editora, acrescentando que o escrito «pertence à primeira geração da democracia espanhola e desempenhou um papel fundamental na renovação da nossa literatura», elogia ainda o júri do galardão cujo valor pecuniário foi de 40 mil euros.
Traduzido para várias línguas, ao longo dos tempos Luis Landero conseguiu «manter, com o mesmo afã, o estilo e a originalidade que já assomavam nos primórdios e que conservou entre os seus leitores uma enorme capacidade de assombro».
Landero nasceu em 1948, é Licenciado em Filologia Hispânica pela Universidad Complutense, lecionou Literatura na Escuela de Arte Dramático de Madrid e foi professor convidado em Yale. Estreou-se na literatura em 1989 com o romance Jogos da Idade Tardia (Prémio da Crítica e Prémio Nacional de Narrativa 1990), a que se seguiram inúmeros títulos, entre eles Hoy, Júpiter (XV Prémio Arcebispo Juan de San Clemente) e El balcón en invierno (Prémio Libro del Año del Gremio de Libreros de Madrid e Prémio Dulce Chacón 2015), num total de dezasseis livros, onze deles romances.
“Chuva Miúda” é uma sugestão Rádio ELVAS.