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Comunistas contra abate de 1079 sobreiros em Gavião

O ministro do Ambiente considerou de “imprescindível utilidade pública” a central fotovoltaica da Margalha, no Gavião, autorizando o abate de 1079 sobreiros e quatro azinheiras, espécies protegidas, numa área de 15 hectares de povoamento daquelas espécies, no concelho de Gavião.

Esta central fotovoltaica é obra do grupo francês Akuo Energy SAS e pretende fazer um investimento de 95 milhões de euros, que vai estender-se por 278 hectares, entrando pelos concelhos vizinhos de Nisa e Abrantes.

A Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do Partido Comunista Português (PCP) discorda desta “decisão inaceitável”. O que o ministro do Ambiente e o governo do PS consideram “imprescindível”, para os comunistas “não faz o mínimo sentido do ponto de vista de ocupação do território e muito menos do ponto de vista ambiental, porque não é necessário abater cerca de 15 hectares de montado, destruindo, além de árvores autóctones, o nicho ecológico de várias espécies e um ecossistema biodiverso e sustentável”.

A DORPOR do PCP defende a suspensão imediata deste processo de modo a reavaliar todas as alternativas que não impliquem a destruição do montado. Sabendo-se que “os interesses do capital não são verdes e que estes fazem desta necessidade da descarbonização da energia um negócio”, é necessário definir regras que não abram precedentes irreparáveis para o futuro.

A DORPOR do PCP defende a preservação dos ecossistemas mediterrânicos, nomeadamente do montado e áreas florestais com espécies autóctones, e a regulação das áreas de implantação de painéis solares, salvaguardando os valores ambientais e patrimoniais, incluindo a paisagem. A DORPOR do PCP “compromete-se a acompanhar este processo e a tudo fazer em defesa do ambiente, dos territórios e das populações”.

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