Uma em cada três crianças sofre de obesidade ou pré-obesidade

O excesso de peso entre as crianças é um grave fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças como a hipertensão arterial ou a diabetes tipo 2.Além disso, as crianças obesas são, por vezes, vítimas de bullying e são mais suscetiveis a problemas do foro psicológico em adultas.

De acordo com os dados de 2019, os últimos conhecidos, “uma em cada três crianças em Portugal sofre de obesidade ou pré-obesidade. Houve um decréscimo, do índice de obesidade infantil, nos últimos dez anos de quase nove por cento”, segundo Mário Silva, da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil.

O responsável refere que os dados de 2020 deixam as diversas entidades bastante “apreensivas, devido ao período de grande sedentarismo provocado pela pandemia”. De acordo com a APCOI, estima-se que “durante o primeiro confinamento tenha ocorrido um aumento de cerca de 10 por cento no peso das crianças”.

A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil vê com bons olhos a lei que proíbe a venda de determinados alimentos nos bares das escolas. Miguel Silva considera que “se as escolas promovem a educação, inclusive ao nível da alimentação, não poderiam vender este tipo de alimentos”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são consideradas com excesso de peso, as crianças cujo IMC está entre os percentis 85 e 97, e acima destes valores é considerada obesidade. O sedentarismo e a alimentação inadequada são fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade, contudo ambos são possíveis de controlar.