Delta Cafés cria valor partilhado

Há mais de 50 anos, a Delta Cafés está empenhada em construir um modelo de negócio sustentado. A responsabilidade social e ambiental sempre foi uma manifestação viva dos valores do fundador da Delta Cafés, o comendador Rui Nabeiro, bem como dos líderes que têm agora a determinação de fazer da Delta uma marca cada vez mais global, que cresce no mundo com os valores de sempre: integridade, transparência, humildade, solidariedade, sustentabilidade e qualidade.

A essência Delta Cafés está presente em cada plano ou ação: pelas pessoas, pelo ambiente e por um amanhã melhor. Com uma estratégia de sustentabilidade global desenhada em torno da contribuição para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, o administrador do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, fala à revista Recicla sobre os diversos projetos que fazem da Delta uma marca que marca.

Há já dois anos que a Delta Cafés, em conjunto com a Sociedade Ponto Verde, adoça as pausas para café dos portugueses. Partindo da premissa de que os pacotes de açúcar são “um extraordinário veículo de comunicação”, a marca tem vindo a apostar, desde 2019, em passar mensagens que convidam à reciclagem. “A sustentabilidade está no nosso ADN e faz parte da nossa cultura no modo como criamos valor, a qual partilhamos com as nossas pessoas e comunidades”.

Provérbios e piadas recicladas foram, assim, o mote de duas das três coleções que procuraram consciencializar a população para a separação das embalagens. Com a capacidade de veicular estas mensagens, em média, a quatro milhões de pessoas por dia, a iniciativa procura continuar a promover a consciência do consumidor, incentivá-lo a fazer a reciclagem e revelar o caminho traçado pela marca rumo à sustentabilidade.

“Consciencializar e estar consciente, reduzir o impacto, desempenhar iniciativas com base em princípios de desenvolvimento sustentável, melhorar a comunidade onde nos inserimos, trabalhar na resolução de desafios ambientais e sociais” são, refere Rui Miguel Nabeiro, os principais objetivos da Delta para um futuro mais sustentável.

O compromisso da marca com os ODS assume outras vertentes. Além da saúde e bem-estar dos colaboradores, a Delta tem vindo a promover projetos de atuação em cidadania e empreendedorismo responsável, assim como ações que promovem a biodiversidade e a economia circular. O café, matéria-prima que trabalham, tem uma elevada interdependência com o ambiente. As alterações climáticas, a degradação dos solos ou a escassez de água constituem uma ameaça à sua existência em qualidade e quantidade, necessárias para responder à crescente procura.

“Estamos, por isso, empenhados em fomentar a qualidade de vida e literacia dos produtores, contribuindo para a erradicação da fome e pobreza nos países produtores de café. A nossa sustentabilidade enquanto grupo de empresas dedicadas ao setor, depende da expansão para novos mercados e da introdução de produtos e serviços inovadores, bem como da capacidade de incorporarmos e influenciarmos a nossa cadeia de valor, para a adoção de boas práticas ambientais e sociais.”

Promover e sensibilizar os clientes para a diversidade do café, através do lançamento contínuo de cafés provenientes de novas origens que contribuem para a manutenção da biodiversidade das diferentes regiões, e promover e sensibilizar os para os cafés certificados são alguns dos compromissos do Grupo Nabeiro-Delta Cafés. “A diversidade das origens e variedades de café que compramos, e que nos distingue neste setor, representa um contributo para a manutenção da biodiversidade de cada uma das regiões produtoras e para a valorização dos recursos naturais.”

A escassez dos recursos, conjugada com o crescimento populacional global, está a ditar a substituição de modelos produtivos lineares por modelos centrados na circularidade dos materiais. “Estamos comprometidos com este novo paradigma e empenhados na identificação de oportunidades que permitam aumentar a circularidade dos materiais presentes na nossa cadeia de valor rumo à criação de um futuro ambientalmente mais sustentável”, refere Rui Miguel Nabeiro.

Nos últimos dois anos, a Delta Cafés desenvolveu vários projetos no âmbito de um caminho rumo à sustentabilidade. A valorização de cápsulas Delta Q num programa de reciclagem que separa a borra de café do material da embalagem é um dos exemplos. Enquanto a borra é transformada em compostagem, a embalagem de plástico misto transforma-se em matéria-prima de um novo processo industrial. Para isto foram criados os pontos reciQla, da Delta Q, onde os consumidores são convidados a depositar as cápsulas e, assim, reduzir a sua própria pegada ambiental.

Mais recentemente, chegou ao mercado a Delta Q eQo, sob o mote “da Natureza e pela Natureza”. Este é o primeiro blend Delta Q com tripla certificação, cápsula biodegradável e em embalagem reciclável. A cápsula eQo é produzida, inteiramente, a partir de fibras de origem vegetal e de biomateriais, tem um ciclo de vida menor e, portanto, como menor impacto ambiental. “Não queremos ser repetitivos, mas tudo no café nos inspira e se ontem ele parecia confinado a um grão, hoje, já não se basta a ele mesmo e quer ser mais do que a função para a qual nasceu e no fim, renascer com outra vida”, afirma o administrador.

Nasce assim um modelo de negócio inspirado na natureza e, numa ótica de reaproveitamento, com uma participação ativa dos clientes, as borras resultantes do café Delta são aproveitadas para um excelente substrato e a startup Nãm transforma-a em cogumelos frescos, locais e orgânicos. Uma Ideia sustentável que a RECICLA já deu a conhecer. Ações e iniciativas como estas são, segundo Rui Miguel Nabeiro, “sempre vistas com bastante positividade”, pois “os consumidores estão a exigir maior transparência das marcas, incluindo saber como planeiam enfrentar os desafios da sustentabilidade e como a integram nos seus modelos de negócio e cadeias de valor”.