O setor da construção civil está, desde o início do ano, a enfrentar problemas de falta de material, situação que afeta o normal funcionamento das empresas e, por conseguinte, os prazos de conclusão das obras
A nível nacional, estima-se que o preço das matérias-primas tenha já sofrido uma inflação superior a 35% em alguns casos.
Ana Maria Luna (na foto), gerente da empresa Bloquim, na Zona Industrial de Elvas, refere que, ultimamente, estão a ter “alguma dificuldade na entrega do produto. As fábricas dão uma justificação, mas nós achamos que não há matéria prima para fabrico do produto. Realmente, as empresas saem prejudicadas mas o pior é para o cliente que quer o material e nós não conseguimos dar resposta”.
De acordo com a empresária, “tudo o que está ligado ao ferro e betão está com atraso. Neste momento, temos encomendas feitas desde o início do mês que só deverão chegar no início do julho. É provável que algumas obras sofram atrasos porque não há material”.
Por outro lado, com a escassez de material o preço tem vindo a aumentar. De acordo com Ana Maria Luna, “só este ano, as vigas de cimento já tiveram dois aumentos. Ainda no passado sábado nos disseram que o metro da viga vai aumentar 0.30 euros já em julho”.
Aço, alumínio ou cobre estão a atingir máximos históricos e, só este mês, o preço da tonelada de cobre em Londres aumentou 30% face ao início do ano.
Em Elvas há algumas obras paradas e cujo prazo de conclusão teve que ser adiado, devido à falta de materiais de construção.