Skip to content

Manta de Reguengos evidencia a cultura imaterial do concelho

As Mantas Alentejanas são uma tradição de longos séculos na região, e a Fábrica Alentejana de Lanifícios de Reguengos de Monsaraz tem um papel muito importante na continuidade da história destas mantas.

O vereador na Câmara de Reguengos de Monsaraz, Jorge Nunes explica que estas mantas têm uma grande importância ao nível da cultura imaterial e económico, por serem uma atividade económica ligada ao artesanato do concelho. “A sua história remonta ao século XVI, uma vez que estas mantas eram, inicialmente, usadas pelos pastores nas épocas de maior frio, e acabaram por se tornar num símbolo da região, e contribuir para o desenvolvimento da atividade dos lanifícios”.

“Há uma linha orientadora das cores e padrões ligada a envolvente do território e as suas características”, diz Jorge Nunes. A Fábrica Alentejana de Lanifícios de Reguengos de Monsaraz surge na década de 30, quando criou a marca das mantas de Reguengos, “a partir daí houve um grande impulso para a sua internacionalização”, refere o vereador.

Em 1958 recebeu uma medalha de ouro, na exposição universal de Bruxelas, “uma das mais importantes do mundo na época, algo que é o ponto alto de reconhecimento internacional desta arte do concelho”. O vereador na Câmara de Reguengos de Monsaraz afirma que na fábrica, “ainda são utilizados teares manuais e existe uma fidelidade aos padrões, mas com inovação, devido à exigência dos clientes, uma vez que as tendências de padrões adaptam-se às tendências atuais”.

Em 1978 a fábrica foi adquirida por uma holandesa, Mizette Nielsen, que teve “um papel importante para a manutenção desta arte, no concelho e na região”. Nesta altura, e como explica Jorge Nunes, “deu um novo impulso, conquistou novos públicos e clientes, manteve a tradição e inovou ao trazer novas técnicas”.

Há um ano, que quem gere a fábrica é a Fabricaal, e continua a produzir mantas, “fiel aos mesmos princípios, com inovação e perspetiva de novos mercados, existindo mais artigos do que as mantas, como calçado, artigos de decoração, entre outros. Também o leque de clientes tem vindo a aumentar, com marcas reconhecidas a nível internacional”.

Para o vereador Jorge Nunes, esta tradição “é mais do que uma atividade económica, é motivo da cultura imaterial do concelho de Reguengos de Monsaraz, e assume-se como um dos valores da sustentabilidade do território, que alia passado, presente e futuro. Trata-se assim de “uma atividade que tem toda a importância na nossa cultura imaterial local”, remata Jorge Nunes.

A Manta de Reguengos que ao longo dos tempos tem vindo a assumir uma posição vincada no mercado internacional, evidenciando a cultura e a tradição do território alentejano.

 

Compartilhe este artigo: