No Tribunal de Elvas, um julgamento relativo a um furto ocorrido em novembro de 2015 foi marcado e várias vezes remarcado, devido a faltas de comparência sucessivas.
Inicialmente agendado para junho de 2018, o julgamento foi adiado para fevereiro de 2019. Nessa data, sofreu mais um adiamento para setembro e posteriormente teve outro adiamento para este mês de novembro.
Chegados a esta quarta marcação do julgamento, para este mês de novembro, voltou a não se realizar, devido à falta de comparência de um dos advogados, tendo sido remarcado para o próximo mês dezembro.
No Tribunal de Elvas, estiveram presentes para além dos funcionários, seis agentes da polícia, varias testemunhas, os acusados do furto e os guardas prisionais.
Mais de dez pessoas estiveram no local, perdendo metade de um dia laboral, num caso resolvido pela PSP em poucos dias, com os acusados entretanto presos, mas que se arrasta desde 2015 (há quatro anos!) e que só terá o seu desfecho provável em 2020, depois de sucessivos atrasos e perdas de dezenas de horas de trabalho de todas as pessoas envolvidas.
Este caso ilustra a forma de funcionamento da Justiça em Portugal, pelo que são assim compreensíveis os casos de desistência ou até mesmo não apresentação de queixas junto da justiça portuguesa.