Devido à venda ilícita de álcool no bar do Campo Patalino do Estádio Municipal de Elvas, a PSP, que acabou por encerrar o estabelecimento, no passado domingo, 25 de fevereiro, no decorrer do jogo entre “O Elvas” e o Serpa, reforçou o seu habitual efetivo: situação que tem sido alvo de alguma contestação, sobretudo nas redes sociais, por parte de alguns dos que assistiram à partida.
Nesse sentido, o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, segundo explica, quis reunir esta quarta-feira, dia 28, no seu gabinete, quer com a PSP, para que explicasse a sua “forma de atuação”, quer com a direção do clube, para dar conta da sua “posição”, perante os factos.
“Foi fácil concluir-se que a PSP não abusou daquilo que é a sua missão, ou seja, houve alguns procedimentos que a própria PSP tentou, de uma vez por todas, eliminar: baseava-se na questão de um bar que andava a vender álcool, que é completamente proibido dentro de um campo de futebol”, explica o autarca.
Rondão Almeida adianta que a PSP tinha já antes informado o responsável pelo bar de que teria de deixar de vender álcool, algo que não aconteceu. “O comissário teve um certo receio de mandar os agentes ‘normais’ para o campo, porque teria de tomar uma decisão de fecho do bar e aquele fecho do bar, com três ou quatro polícias, podia originar algum conflito, algum clima de instabilidade”, acrescenta o autarca.
Depois desta reunião, o presidente diz-se “satisfeito”, por um lado, por perceber que a direção de “O Elvas” tem como missão “elevar o nome da cidade”, bem como por ter entendido os motivos da PSP para aumentar o seu efetivo no jogo de domingo.
Já o presidente do clube, Hugo Mimoso, garante que, “internamente”, “O Elvas” tem tentado de tudo para que não se repitam episódios de violência no estádio e que a situação do último jogo foi “inflamada pelos comentários nas redes sociais”, muitos deles “despropositados”. “Ficou claro que nós tentamos que não haja violência, nem problemas graves no estádio. Ainda a semana passada, marcámos uma reunião com um grupo de adeptos, para tentar sensibilizar as pessoas. Sabemos que é um processo que vai levar algum tempo, mas, como diz o Vicenzo, temos de erradicar essas pessoas que não fazem bom ambiente no estádio”, acrescenta. Hugo Mimoso, que confirma que também já tinha avisado o responsável do bar para o facto de não poder vender álcool, garante que a situação será resolvida “internamente”.
Condenando “todo o tipo de violência e os maus costumes”, Vincenzo Caci, da SAD de “O Elvas”, por sua vez, revela que é intenção do clube apostar na educação, a começar, desde logo, pelos mais novos. “Temos planos, projetos e ideias”, garante ainda.