
As eleições regionais na Estremadura, realizadas neste domingo, 21 de dezembro, ficaram marcadas por uma baixa participação eleitoral, que não ultrapassou os 63%, registando-se um aumento da abstenção de 7,7% face a 2023.
No campo político, o Partido Popular (PP) saiu vencedor do ato eleitoral, elegendo 29 deputados (mais um que em 2923), mas ficando aquém da maioria absoluta desejada pela presidente regional, María Guardiola, que necessitava de mais quatro mandatos para governar sem dependências. O resultado obriga agora à negociação parlamentar, precisamente o impasse que esteve na origem da convocação de eleições antecipadas.
O PSOE da Extremadura foi o grande derrotado da noite eleitoral, descendo para 18 deputados (menos 10) na Assembleia regional. O líder socialista, Miguel Ángel Gallardo, reconheceu publicamente que os resultados foram “maus” para o partido. Os socialistas perderam influência em vários municípios tradicionalmente considerados bastiões do PSOE, onde caíram para a segunda ou terceira posição. Este desfecho agrava a posição política de Gallardo, que enfrenta dificuldades acrescidas num contexto marcado pelos escândalos de alegada corrupção, tema explorado ao longo da campanha eleitoral.
O VOX cresceu na votação e teve mais seis deputados, ficando o PP a depender mais deste partido, enquanto o Unidas Podemos subiu três deputados.
Dos 10 deputados perdidos na ecatombe socialista, seis foram para o VOX, três para o Unidas e apenas um para o PP.















