São Vicente, no concelho de Elvas, conta desde ontem, 23 de janeiro, com um desfibrilhador automático externo (DAE). Instalado no lar de idosos da freguesia, este equipamento de emergência médica, que pode ajudar a salvar vidas, poderá, no entanto, vir a ser utilizado por qualquer pessoa que necessite dele.  

A ideia de dotar a aldeia de um DAE partiu de uma conversa entre elementos da direção do lar da Associação de Apoio à Infância e Terceira Idade de São Vicente (ADAITI) e o presidente da Junta de Freguesia, João Charruadas. “Chegámos depois à conclusão, entre a junta e a empresa, que o melhor sítio para colocar o DAE era o lar, porque é onde há mais pessoas de risco, tendo em conta os problemas de saúde e o avançar da idade. O lar também está 24 horas aberto e aquilo é amovível, pelo que se houver algum azar – Deus queira que não – aqui numa rua ou num estabelecimento, facilmente qualquer pessoa que tenha formação chega ao lar, apanha o equipamento e conseguimos salvar umas vidas”, assegura.

Já instalado, o equipamento, por enquanto, só pode ser manuseado por quem tenha a formação necessária, como médicos, enfermeiros e bombeiros. Ainda assim, a 4 de fevereiro, um total de dez pessoas, entre seis colaboradores do lar e quatro da junta de freguesia, farão essa formação. “Obrigatoriamente, seis pessoas têm de ter formação, e depois a empresa, também a pedido da junta, irá formar mais quatro pessoas”, esclarece João Charruadas.

O investimento feito pela Junta de Freguesia neste equipamento é de cerca de quatro mil euros, num “protocolo de cinco anos”. “Não são 800 euros anuais que fazem mossa à junta e são 800 pessoas que moram cá que ficam salvaguardadas”, remata.

O DAE é um equipamento utilizado na paragem cardiorrespiratória e que tem como função aplicar uma carga elétrica no tórax. O desfibrilhador tem o propósito de poder ser utilizado também por não profissionais de saúde, idealmente com formação em Suporte Básico de Vida.