A economia circular, ao contrário do sistema de economia linear, em que os bens são produzidos, utilizados e descartados, assenta na restauração e reutilização de produtos, componentes e materiais, maximizando a sua utilidade e valor em todos os momentos.
A economia linear, explica a investigadora no InnovPlantProtect, Ilaria Marengo, na edição desta semana do programa “O ABC da Agricultura Circular e Biodiversidade” apresenta vários problemas: “em primeiro lugar, leva-nos a pensar que podemos extrair recursos da natureza e, consumir, como se houvesse sempre matérias-primas. E, para além disso, leva-nos a continuar a criar resíduos que necessitam de espaços para a sua eliminação e tratamento. Por outras palavras, com o modelo linear, continuamos a esgotar e a poluir o ambiente. E sabemos que isto, a médio/longo prazo não é sustentável”.
Já a economia circular pode ajudar qualquer pessoa, mas para isso é necessário que se alterem hábitos e a “forma de gerir os recursos, fabricando e utilizando produtos e o que fazemos com eles no final”.
A economia circular, “se totalmente implementada, deverá ajudar-nos a ter um menor impacto na extração de matérias-primas e na produção de resíduos. Através de um modelo circular, o que conseguimos é isto: o ciclo de vida dos produtos e dos materiais é prolongado através da sua reutilização, reparação e remanufatura; a produção torna-se mais inteligente, através do desenho de produtos e serviços que eliminamos resíduos e a poluição, e reduzem o consumo de recursos; a sociedade é sensibilizada a consumir conscientemente, optando por escolhas mais sustentáveis e que contribuam para a redução do desperdício; e os recursos e os serviços ambientais podem ser restaurados e renovados ao longo do tempo”, explica ainda Ilaria Marengo.
O programa “O ABC da Agricultura Circular e Biodiversidade” desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo.