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Guillermo Vara anuncia lei do lítio para que o que for extraído na Extremadura seja tratado na região

Guillermo Fernández Vara iniciou o Debate sobre o Estado da Região na terça-feira com o discurso mais curto de que há memória e um apelo à “ambição e coragem” da população da Extremadura para construir juntos “uma terra de que nos podemos orgulhar”, livre do “arrependimento”, dos temas que nos marcaram e que já, disse ele, só existem dentro de nós. “A questão é simples: que papel queremos desempenhar no futuro?”

Esta quarta-feira será a vez da oposição responder, mas a Junta já mostra alguns dos seus pontos fortes: um decreto-lei de medidas urgentes na regulação do uso de recursos minerais que estabelecerá que “o lítio que é extraído na Extremadura deve ser transformado na Extremadura”, ao declarar o seu uso de interesse geral. “Qualquer concessão de exploração estará vinculada ao tratamento e benefício industrial que está a ser realizado na Extremadura, de modo a que, se alguém quiser, já sabe o que esperar”, destacou Vara.

Foi o principal anúncio do discurso e como disse, este novo decreto chegará à Assembleia “nas próximas semanas, durante o terceiro trimestre”. Afetará totalmente a mina de lítio de Cáceres. E algo mais importante: garantirá o abastecimento à fábrica que a Envision e a Acciona vão construir em Navalmoral de la Mata e a todos os projetos que decidam se instalar na região, que tem vários depósitos importantes de lítio na Europa, mas pouca simpatia social para a sua exploração.

Guillermo Vara reiterou que, pela primeira vez, a Extremadura é dona do seu futuro como nunca foi na sua história e que depois de chegar tarde (ou não chegar) a todas as revoluções industriais do século XX, será a primeira para fazê-lo às do século XXI. Porque a região, disse, é hoje uma terra que “interessa” às empresas. A Envision e a Acciona, o matadouro ibérico de Zafra ou a fábrica de diamantes de Trujillo “vêm porque pensam que vão dar-se bem, e isso é ser competitivo”, diz Vara.

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