A ministra da Transição Ecológica e Sustentabilidade, Olga García, anunciou, na semana passada, que a Iberdrola pediu à Junta da Extremadura a devolução das garantias prestadas, relativamente às instalações eólicas que projetava para Conquista de la Sierra, Garciaz e Madroñera, três localidades de Cáceres, depois de decidir que não vai avançar com os projetos.
Este acaba por ser um novo revés para a implementação desta tecnologia na Extremadura que, ao contrário do que acontece com outras fontes renováveis, como a solar fotovoltaica, em que a região é líder nacional, permanece em níveis praticamente residuais.
A verdade é que a energia eólica tornou-se a primeira fonte de energia em Espanha, sendo que, no ano passado, no país vizinho, concentrou mais de 23% da produção nacional. Para além disso, é também a tecnologia que possui a maior potência instalada.
A Extremadura é a quarta comunidade de Espanha onde a produção de energia eólica tem menos expressão, depois da Cantábria, Ilhas Baleares e Madrid (onde não tem presença).
As instalações de Garciaz, Madroñera e Conquista de la Sierra que a Iberdrola descartou foram igualmente rejeitadas, desde o início, por grupos de moradores e organizações ambientalistas. Segundo fonte da empresa, a decisão de não avançar com os projetos foi tomada “após a realização de uma campanha de medição de ventos com torres instaladas na zona, que tem demonstrado poucos recursos eólicos”.
Atualmente, são 15 os aerogeradores que giram na Extremadura: os do parque Merengue, promovidos pela Naturgy Renovables e em produção, desde o início de 2019, em Plasencia. Além disso, existem atualmente cinco parques que estão em processo de avaliação de seu impacto ambiental. Todos estão localizados na província de Cáceres.