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Academia de Música de Elvas recria “Duetos Imprevistos”

No âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes, a Academia de Música de Elvas desenvolveu um projeto com os alunos de 7º e 8º graus, dedicado aos compositores que integraram o programa Duetos Imprevistos.

No final dos anos 90, António Victorino D’Almeida e Bárbara Guimarães gravaram 13 programas sobre diferentes compositores, percorrendo locais icónicos que marcaram a sua vida e obra.

Chopin, Beethoven, Bruckner, Liszt, Haendel ou Vivaldi, entre outros, foram apresentados ao grande público, pondo em evidência a perspetiva do diálogo, que colocou lado a lado o prestigiado estatuto de comunicador de Victorino D’Almeida e a frescura da televisão contemporânea, pela mão de Bárbara Guimarães.

Na sequência de um convite dirigido a ambos, António Victorino D’Almeida e Bárbara Guimarães estiveram na Academia de Música de Elvas, partilhando memórias, música e histórias do programa, sendo ao mesmo tempo entrevistados pelos alunos.

Com particular relevo, foram revistas três cenas específicas, nomeadamente a que se gravou no carro onde foi assassinado o arquiduque Francisco Fernando, a encenação de uma ópera de Vivaldi no Jardim Zoológico de Lisboa e a visão do mundo a partir dos óculos de Schubert.

Victorino D’Almeida partilhou ainda vários exemplos ao piano e gravações de outras referências musicais.

Revisitando episódios marcantes da vida dos músicos, o seu tempo e espaços de eleição, esta iniciativa deu renovadamente voz a um princípio elementar, fixado por Miró, designadamente a ideia de que mais importante do que a obra de arte, propriamente dita, é o que ela vai gerar. E o que conta é a semente.

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