Manuel Cabacinho (na foto) é natural de Estremoz e é professor de Educação Tecnológica. Tem 66 anos e oito meses de idade, mais dois que a idade de reforma exigida para os professores, actualmente fixada nos 66 anos e seis meses.
Apesar de já ter ultrapassado a idade de reforma, o professor, com 40 anos de serviço, acabou por recusar a reforma que lhe foi atribuída porque iria sofrer “um corte de cerca de 300 euros.
“Eu quando comecei a ser professor, abracei a profissão mesmo de coração, porque era algo que eu gostava muito e gosto. Mas hoje em dia já não consigo dar as aulas como dava antigamente. Eu sou da área das artes e esta é uma profissão que se está a tornar bastante desgastante, a todos os níveis”.
De acordo com o professor, quando começou a lecionar, a idade de reforma era de “55 anos ou 36 de serviço. Com o passar do tempo, a idade tem vindo a aumentar cada vez mais”. Manuel Cabacinho lamenta que já não consiga ter o mesmo empenho e dedicação nas aulas, “devido ao desgaste da profissão”.