A situação face à pandemia Covid-19 tem vindo a agravar-se no Alentejo Central, com o Hospital do Espírito Santo de Évora a encontrar-se em situação de pré-rotura.
A média diária de novos casos não para de aumentar e os últimos dados revelavam a existência de 174 novos casos por dia, algo que preocupa o presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá. “Como em todo o país, a situação está a agravar-se de uma forma muito significativa no distrito de Évora, com uma subida de casos em todos os concelhos do Alentejo Central”, adianta o autarca.
“Nos últimos 14 dias temos 2431 novos casos em todo o distrito e a média diária situou-se no dia 16, que são os últimos dados que temos, em 174 casos novos diários. É uma situação absolutamente preocupante, como podemos constatar”, assegura.
Carlos Pinto de Sá relembra que “também o número de mortes tem vindo a subir de forma significativa. O mais preocupante é a situação nos lares, pois neste momento existem, no distrito, surtos em cerca de 16 lares, que naturalmente afetam muitos trabalhadores e coloca em causa os meios para lhe responder”.
Em primeiro lugar, esta situação tem causado “uma sobrecarga dos serviços de saúde e, naturalmente, do hospital, que está em situação de pré-rotura. Neste momento, estão 60 pessoas internadas em enfermaria e 12 em UCI, o que está no seu limite e estaria já em rotura, se o município de Évora não tivesse uma estrutura municipal de apoio ao hospital, com 34 camas que já está a dar apoio a vários doentes infetados com Covid-19”, revela o autarca.
Por sua vez, ao nível da área social, “há dificuldades em encontrar pessoas que possam responder às necessidades existentes”.
Como boa notícia, Carlos Pinto de Sá relembra que “está a prosseguir a vacinação em todo o distrito, com a prioridade aos lares” e remata que “temos chamado à atenção do Governo para priorizar a vacina para outros setores que estão na primeira linha, e em primeiro lugar estão os Bombeiros Voluntários”.
A situação Covid-19 no Alentejo Central mantêm-se preocupante e prevê-se um agravamento, nos próximos dias. Para tentar inverter esta tendência, é fundamental respeitar o confinamento, cumprir as normas da DGS, usar máscara e desinfetar as mãos frequentemente.