
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) através de comunicado informa que “vai encerrar definitivamente a atividade da Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação de Estremoz.
Esta decisão resulta, essencialmente, da impossibilidade de adaptação das instalações aos requisitos estruturais e técnicos atualmente em vigor, bem como da inviabilidade económica decorrente da redução de cerca de 50% do financiamento face ao Acordo-Programa inicial, agravada pelos prejuízos acumulados entre 2022 e 2024.
Com capacidade total de 23 camas, e dedicada a internamentos para reabilitação com duração entre 30 e 90 dias, a unidade não reúne atualmente condições para garantir a sustentabilidade operacional, nem para assegurar os níveis exigidos de qualidade e segurança nos cuidados prestados.
A CVP está a trabalhar em articulação com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e com as autoridades locais de saúde para assegurar a transição dos utentes que, até à data de 31 de dezembro de 2025, possam ainda estar em acompanhamento, garantindo a continuidade assistencial e a segurança clínica durante todo o processo. Atualmente, estão internados nesta unidade 21 utentes.
No seguimento desta reestruturação, a instituição está a desenvolver esforços, internamente e com parceiros externos, para tentar assegurar os postos de trabalho ao maior número possível dos 29 colaboradores afetos à unidade, procurando garantir uma transição justa e que reconheça o contributo de cada pessoa.
A CVP reafirma a confiança na capacidade de gestão local das suas equipas, assegurando a presença ativa no concelho de Estremoz, através da prestação de serviços de emergência, transporte e apoio clínico à população. A clínica local será ampliada, permitindo reforçar a resposta em saúde e garantir que a comunidade continue a ter acesso próximo e de qualidade aos cuidados de que precisa. A CVP continuará a trabalhar em estreita parceria com as entidades locais, em particular com a Câmara Municipal de Estremoz, cujo empenho ao longo dos últimos anos se realça, reafirmando o seu compromisso de proteger a vida, a saúde e a dignidade das pessoas em todo o território nacional”.