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Novo episódio de violência leva pais de Campo Maior a fechar Secundária a cadeado

Imagem ilustrativa

Dezenas de pais e encarregados de educação de alunos de Campo Maior manifestaram-se na manhã desta segunda-feira, 15 de abril, em frente à Escola Secundária da vila, que chegou mesmo a ser fechada a cadeado pela Associação de Pais.

Esta manifestação, segundo explica o presidente da associação, José Gama, prende-se com mais um episódio de violência, que envolveu um aluno, na passada sexta-feira, dia 12, que acabou por entrar na escola quando se encontrava suspenso das atividades letivas.

“Uma escola que reiteradamente não é segura, não pode estar aberta aos alunos. Quando digo aos alunos, digo aos professores e aos auxiliares, que se juntarem a nós e que foram muito abertos a esta situação, porque eles próprios têm apresentado algumas queixas à direção da escola, em termos de insegurança, sobretudo os professores”, garante.

Esta manifestação de hoje, que já não é a primeira, terá terminado quando a GNR abriu os cadeados e a escola foi aberta, sendo que a direção do agrupamento “não deu a cara e não foi falar com o grupo”. José Gama garante até que muitos professores têm manifestado o seu “desagrado” no que toca à forma como a direção tem lidado com estas situações: “são sempre levados, não digo de forma incompetente, mas de uma forma muito leve”.

Recordando o episódio da passada sexta-feira, na Escola Secundária, no decorrer do encerramento da “Semana da Interculturalidade”, em que estavam presentes turmas de 6º ano do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, José Gama revela que o “cabecilha de um dos grupos de terror” da escola começou a causar distúrbios no auditório, tendo depois começado aos “pontapés e aos murros” a um “miúdo que passou por ele”. “E isto é o que acontece diariamente”, confirma.

O aluno em causa, que terá causado os alegados desacatos e agressões, revela ainda o responsável, entrou na escola, quando se encontrava suspenso. “Este aluno tem processos, porque bate em professores, bate em alunos, ameaça de morte e persegue até casa”, revela. “A nossa questão é como é que um aluno, que está expulso, está dentro da escola e como é que a primeira coisa que se faz não é chamar a GNR”, interroga-se José Gama, dando conta que, para além dos “pontapés e murros” que deu a alunos, este jovem terá dito a vários professores que “os matava”, bem como às suas famílias.

Os dedos de uma mão, garante ainda José Gama, já não chegam para contar os casos “gravíssimos” de agressão nas duas escolas do agrupamento de Campo Maior.

Depois de terminada a manifestação em frente à escola, e enquanto decorria no Centro Cultural uma conferência dedicada ao 25 de Abril, este grupo de pais acabou por interromper a sessão, subindo ao palco, mostrando o seu desagrado com a situação.

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