Contra a construção de lotes de habitação social junto às suas casas, os moradores da Urbanização da Quinta do Paraíso, em Elvas, conseguiram reunir cerca de 580 assinaturas, tendo feito chegar na tarde desta quinta-feira, 2 de novembro, um abaixo-assinado à Câmara Municipal.
Um dos responsáveis por este abaixo-assinado, António Matela, que garante que os moradores estão apenas contra a escolha do local para a construção destes prédios, revela que, em caso da obra se vir a concretizar, as suas casas vão acabar por sair desvalorizadas. “Vai desvalorizar o nosso bairro, as nossas casas, que pagámos caras. O IMI também é bem caro naquele local”, começa por dizer.
As muitas viaturas dos funcionários da Marktel que são estacionadas, diariamente, na área escolhida para a construção destes lotes – um parque de terra batida, mesmo atrás do hipermercado Continente – diz ainda António Matela, passarão a ocupar os lugares habituais dos moradores, às suas portas. “É já público que a Marktel adquiriu as instalações da antiga Decoradora e, portanto, vai duplicar o número de funcionários e de viaturas”, acrescenta.
Agora, os moradores só querem uma resposta, para perceber se o município vai mesmo avançar com esta obra, na Quinta do Paraíso, assegurando que o presidente da Câmara não será apanhado de surpresa com este abaixo-assinado.
Para além de moradores, também “pessoas que se solidarizaram com a causa” assinaram o abaixo-assinado em causa.
De recordar que, recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, reuniu com os moradores da Quinta do Paraíso, no Auditório São Mateus, para uma sessão de esclarecimento sobre o assunto (ver aqui). Estes 30 fogos para habitação social, que integram a Estratégia Local de Habitação de Elvas, serão construídos ao abrigo do programa 1º Direito.