O sisão, uma das aves mais emblemáticas do Alentejo, está em declínio acentuado há mais de 20 anos.
Segundo os investigadores, os censos efetuados em 2006, 2016 e 2022 dão conta de um “colapso à escala nacional”, sendo que, nos últimos 17 anos, Portugal perdeu 80% da população de sisão. O censo de 2022, de acordo com José Janela, da Quercus, revelou que existem cerca de 3.900 machos reprodutores, menos quase 13.500 do que o estimado no primeiro censo, realizado há 16 anos.
A prática de cortar as culturas forrageiras, como o feno, durante a época de nidificação, segundo o ambientalista, “está a impedir a reprodução da espécie de sisão e a levar à mortalidade de fêmeas adultas”. As práticas agrícolas implementadas em Portugal “resultaram na perda e na degradação de áreas agrícolas abertas, impactando o sisão e outras espécies altamente ameaçadas que dependem de sistemas agrícolas extensivos”.
O perigo de extinção do sisão em Portugal é o tema em destaque, esta semana, no programa “Ambiente em FM”. Para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo.