Terminada a campanha de rega deste ano, na passada segunda-feira, 31 de outubro, a Barragem do Caia conta com 57 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a 30 por cento da sua capacidade máxima.
Apesar da chuva intensa que caiu no final do mês de outubro, a verdade é que “desde o dia 21, a cota da barragem é a mesma, uma vez que a água que entrava não compensava a que saía para rega”, de acordo com Luís Rodrigues, gerente da Associação de Beneficiários do Caia.
Segundo o responsável, “a situação pode, ou não, ser preocupante. É preocupante porque a água que temos disponível para o ano não vai chegar para uma campanha de rega normal. No entanto, ainda temos o inverno e a primavera, em que esperamos que chova o suficiente para repormos os níveis necessários para a campanha”.
“Desde o dia 20 de outubro, e até ao final da campanha, a variação de água foram cerca de 150 mil metros cúbicos de água, um valor que não tem significado dentro do que nós precisamos. É uma situação aflitiva, porque se torna muito complicado”.
“Neste momento, as culturas permanentes, olival e amendoal, não apresentam grandes necessidades de água, sendo que daqui para a frente espera-se que haja precipitação para dar resposta às necessidades”, garantiu Luís Rodrigues.
A Barragem do Cara abastece os concelhos de Elvas, Campo Maior, Monforte e Arronches, apresenta uma cota de 221,88 metros, um volume de 57 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a 30 por cento da sua capacidade máxima.
