A visita pastoral do Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, ao concelho de Elvas, teve início no dia 17 de maio, nas freguesias da Terrugem e Vila Boim e terminou ontem, com uma Eucaristia na Sé de Elvas.
Depois de quase um mês, pelas várias paróquias das freguesias do concelho, onde visitou diversas instituições, estabelecimentos de ensino, entre outros, D. Francisco Senra Coelho, afirma que “as freguesias estão muito bem equipadas, que tem havido uma preocupação em torná-las num espaço onde é possível fixar residência, mas percebi que ainda há um caminho grande a fazer para fixar as novas gerações, ao nível do emprego”.
O Arcebispo diz que “Elvas tem uma grande riqueza turística e patrimonial, passando muito por aí a sua aposta de futuro, e a aposta de emprego na indústria do turismo”.
O grande desafio, segundo D. Francisco Senra Coelho, “é fixar as novas gerações e, a desertificação demográfica o grande problema”, enaltecendo o número de crianças nas escolas do concelho, “mas é preciso apostar ainda mais nessa fixação”.
Socialmente, o Arcebispo afirma que Elvas “é uma cidade com problemas”, algo que percebeu na sua visita à Segurança Social, GNR e no que ouviu e viu, junto de pessoas de etnia. O Arcebispo falou com uma família e refere que “percebeu a dimensão de um lado e outro, são duas comunidades que têm que se ouvir”, acrescenta.
D. Francisco Senra Coelho diz que poderá haver uma reformulação de paróquias, no centro histórico, uma vez que, “não se justificam tantas propostas de culto, quando há poucas pessoas, sendo preferível a qualidade à quantidade”.
O Arcebispo felicita a cidade e demonstra-se “profundamente feliz, pela beleza desta cidade, deste povo, destas pessoas, pelo seu esforço, muito notório pelo número de associações e, também a beleza e pormenor que esta cidade revela, porque há um projeto de cuidado desta cidade”.
“Elvas tem que se reinventar e tem que se repropor, mas é capaz disso, tem vitalidade e força para fazer uma proposta de grande alcance, desejo aos elvenses essa coragem, porque as suas raízes são muito profundas e gostam de viver em Elvas, por isso Elvas vai-se reinventar e vai-se repropor, novamente, na grandeza de sempre”, remata o Arcebispo de Évora.