O Centro de Negócios Transfronteiriço (CNT) de Elvas recebe mais um fim de semana de “Casa Aberta”, para vacinação da terceira dose (reforço) anti Covid e vacina da Gripe, tendo-se registado, pela manhã deste sábado, demoradas filas fora do pavilhão. Neste regime de Casa Aberta, não há marcações de horários pelo que como aconteceu hoje, verificou-se a chegada de muitos utentes ao mesmo tempo.
Houve, até ao momento, muita adesão por parte dos utentes de vários concelhos (Elvas, Campo Maior, Borba e Vila Viçosa) a esta chamada da Unidade de Saúde Local do Norte Alentejano (ULSNA). À nossa Redação chegaram várias queixas, pois os utentes esperaram fora do Pavilhão, ao frio, devido à demora no atendimento.
No local, pudemos verificar que há apenas um computador e duas funcionárias administrativas, uma vez que, no CNT, há menos funcionários camarários a apoiar a ULSNA, comparativamente com o que acontecia anteriormente.
As equipas da ULSNA também demonstraram à nossa reportagem o seu descontentamento por não haver aos domingo (nem em nos feriados) um local para poder comer ou aquecer comida trazida de casa, entre as 8 e as 17 horas.
Já esta tarde, depois de muitas queixas e fotos nas redes sociais, os utentes estão a aguardar na sala de entrada do CNT. Esta situação apesar da utilização de máscara, não deixou de representar novas queixas, pois as distâncias de segurança, nem sempre são possíveis de manter. Houve utentes marcados para as 14 horas que apenas foram atendidos às 16 horas, situação que se agrava pois trata-se de pessoas com idade avançada.
Este sábado foram administradas mais de 300 vacinas no CNT, em Elvas.
Em declarações à Rádio ELVAS, Vera Escoto, diretora Clínica da ULSNA explica e justifica o que está na origem desta afluência primeiro pelo facto de que “as pessoas se assustaram-se com o aparecimento da quinta vaga, pelo que se tentaram vacinar, e quem não foi vacinado apareceu, por outro lado sabendo que havia casa aberta anteciparam a vacinação e depois porque houve marcações centrais, o que deu este aumento de afluência”.
A diretora Clínica da ULSNA revela ainda que, devido à grande afluência mesmo antes das portas abrirem, que os funcionários que estão no CNT resolveram deixar “entrar primeiro as pessoas com mobilidade reduzida e as mais idosas, que fossem as primeiras a entrar, solicitando às restantes que aguardassem nos seus carros, e passado 45 minutos estava tudo organizado”.
Apesar destes contratempos, Vera Escoto garante “a resposta por parte da população à vacinação, em cidadania, de se ajudarem e respeitarem mutuamente para se vacinarem e, para nós é de grande valor, e população está de parabéns, realmente foi fantástica esta resposta e esperemos que esta situação não volte a acontecer, mas quando acontece respondemos pela positiva, não viramos as costas, vamos ao sítios, damos a cara e esta hora está tudo a funcionar perfeitamente”.