Câmara de Arraiolos contesta serviço dos CTT no concelho

A Câmara Municipal de Arraiolos veio a público, recentemente, manifestar o seu descontentamento com o funcionamento dos CTT, tendo em conta os atrasos na distribuição do correio, com prejuízo para a população, empresas, associações e outras entidades sediadas no concelho.

A presidente da Câmara de Arraiolos, Sílvia Pinto, assegura que há localidades em que o correio não está a ser distribuído diariamente, recordando que a reabertura da loja dos CTT, em novembro do ano passado, em Arraiolos, foi “um motivo de satisfação” para todos.

“Se a reabertura da estação de Arraiolos dos CTT, devida à ação da população que manifestou o seu desacordo com o encerramento deste serviço, conjuntamente com os órgãos representativos das autarquias locais do município, constituiu uma melhoria do serviço público de correios, verificamos, nas últimas semanas, alterações significativas no serviço postal de distribuição”, revela.

“A eliminação de postos de trabalho e o recurso a empresas privadas e ao trabalho precário, acompanhados da redução de dias de distribuição, são medidas levadas a efeito pela administração dos CTT, a par da concentração dos serviços nos Centros de Distribuição Postal. Tais ações levaram a atrasos na distribuição de correio, com grave prejuízo para as pessoas, para as empresas, para as associações e outras entidades sediadas no concelho de Arraiolos”, adianta.

Perante a situação, a Câmara Municipal de Arraiolos manifesta “o seu desacordo com o não cumprimento da obrigação dos CTT da distribuição postal diária e a sua solidariedade com os trabalhadores na reivindicação de manutenção das suas condições de trabalho e remuneratórias”.

A autarquia exige ainda “o cumprimento das obrigações de prestação do serviço postal universal, da responsabilidade dos CTT, o qual integra a oferta de serviços postais em todo o país, com uma qualidade determinada e a preços acessíveis, de forma a responder às necessidades de comunicação das pessoas e empresas”, para além do “respeito pela dignidade das povoações do interior ao invés de provocar cada vez mais o seu isolamento, sendo incumbência dos CTT assegurar um serviço público de qualidade, contributo para a coesão social e territorial de que o País precisa, dando cumprimento ao seu contrato com o Estado Português.”