Estão a caminho de Cabul, capital do Afeganistão, quatro militares portugueses, do Exército, destacados para “apoiar o esforço de retirada de cidadãos afegãos”, confirmou ao Expresso o Ministério da Defesa Nacional. Estes militares integrarão o contingente espanhol, estando já afastado o envio de aviões da Força Aérea portuguesa.
Entre os quatro elementos que agora regressam a Cabul encontra-se o comandante desta última missão, Marco Silva, major de infantaria do Exército Português. Juntamente com o restante contingente, foi condecorado com a Medalha “NATO Non Article 5 Afghanistan” – uma forma de “reconhecimento pelo extraordinário contributo na luta contra o terrorismo, pela paz e segurança internacional”.
Os militares nacionais vão apoiar a vinda para Portugal, previsivelmente via Espanha, de pelo menos 50 cidadãos afegãos, o primeiro número apontado pelo Governo. Mas tanto o Ministério da Defesa como o Ministério dos Negócios Estrangeiros já afirmaram existir capacidade e disponibilidade para ultrapassar esse número.
Desde 2002, estiveram no Afeganistão cerca de 4500 militares portugueses, numa missão classificada pela NATO com grau de ameaça “alto”. Ao longo destes anos as forças portuguesas registaram duas baixas. Em 2005, o sargento dos Comandos João Paulo Roma Pereira, de 33 anos, natural de Alhos Vedros, concelho da Moita, morreu quando o blindado em que fazia uma patrulha foi atingido por uma explosão, num acidente em que ficaram feridos três outros militares portugueses. Dois anos depois, em 2007, o paraquedista Sérgio Pedrosa, de 22 anos, natural da freguesia de Crestuma, em Vila Nova de Gaia, morreu vítima de um acidente com uma viatura blindada.
Vídeo de homenagem ao comando João Paulo Roma Pereira.
Vídeo de homenagem ao paraquedista Sérgio Pedrosa