A Comissão de Melhoramentos do Concelho de Elvas (CMCE) celebra esta segunda-feira, 12 de julho, o seu 26º aniversário, com a data a ser assinalada, quer na Casa de Acolhimento Residencial “Os Cucos”, como no lar de idosos de Santa Eulália.
Vitória Lérias, presidente da direção CMCE, desde janeiro do ano passado, garante que o trabalho, desenvolvido, ao nível das três respostas sociais, mas sobretudo nos “Cucos”, tem sido “bastante desafiante”. “Esperava-se desafiante, mas não tanto. Sabíamos que havia uma reestruturação para fazer, mais nesta resposta social, mas não esperávamos que fosse tão desafiante. Mal começámos o trabalho, iniciou-se uma pandemia, que complicou, mas tem resultado, ainda assim, com o esforço de todos os envolvidos”, assegura.
Quanto ao lar de Santa Eulália, Vitória Lérias explica que, acima de tudo, tem-se procurado garantir “a saúde, a segurança e estabilidade emocional” dos utentes. O afastamento dos familiares dos idosos, relembra, tem sido atenuado através de videochamadas, sendo que, por esta altura, já se estão a realizar as visitas presenciais, ainda que apenas limitadas a dois familiares.
Já Fátima Quaresma, um dos elementos da atual direção da CMCE, lembra a importância do trabalho desenvolvido para a região, quer nos “Cucos”, como no lar e na creche de Santa Eulália, assegurando que o objetivo é sempre fazer mais e melhor. “Tentamos sempre fazer melhor, mas ainda há muito para fazer”, assegura. Fátima Quaresma recorda ainda que as dificuldades diárias, vividas nos “Cucos”, se agravaram com a pandemia, sendo que, mesmo assim, “não se têm registado problemas de maior”.
A equipa de trabalho de “Os Cucos” foi reestruturada e renovada, sendo que, agora, está divida em duas: uma de apoio educacional e outra dedicada aos serviços diárias da casa, relacionados com a limpeza, a lavandaria, a alimentação, entre outros. “Para além de tudo aquilo que eles necessitam, e das medidas indispensáveis, com alimentação e higiene, eles precisam de carinho e de apoio. É nisso que estamos a insistir bastante”, diz ainda Fátima Quaresma.
Atualmente são 14 as crianças que se encontram institucionalizadas nos “Cucos”. “Tivemos um trabalho árduo de reorganização e quase todos os dias temos de nos reinventar. Somos muitos, uma família muito grande, e vive muita gente nesta casa. Agora, que voltamos a estar mais fechados, voltamos a ter de nos reinventar”, assegura a diretora técnica dos “Cucos”, Patrícia Sardinha.
Após os 18 anos, os jovens institucionalizados deveriam deixar a instituição, sendo que, por esta altura, há um jovem de 19 anos que continua aos cuidados dos “Cucos”. Até haver uma solução para ele, ali continuará. “E ficará bem”, garante Patrícia Sardinha.