Câmara de Elvas cancela eventos até final de agosto (c/vídeo)

Perante o elevado número de novos casos de Covid-19 que tem surgido no concelho, a Câmara Municipal de Elvas decidiu cancelar todos os eventos que estavam previstos e programados até final de agosto.

“As notícias não são agradáveis. A evolução da Covid no nosso concelho não tem sido como nós queríamos. Começámos com um caso, estivemos alguns dias sem casos, mas a verdade é que ontem já tínhamos 30 casos ativos e hoje vamos ter mais. Caminhamos, muito rapidamente, para a linha vermelha. Corremos o risco de regredir nas medidas de desconfinamento e confinar mais um pouco em relação à situação atual”, começa por dizer o presidente da Câmara de Elvas, Nuno Mocinha, no decorrer de uma conferência de imprensa, ao início da tarde desta quarta-feira, 30 de junho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Mocinha lembra que “a responsabilidade obviamente é de todos”, mas “de ninguém em específico”. “A Covid está aí e temos que fazer o que está ao nosso alcance para evitar os contágios. A Câmara Municipal vai dar o exemplo e decidimos cancelar todos os eventos culturais, recreativos e desportivos até ao final do mês de agosto”, revela. A avaliação da situação, a pensar no mês de setembro, será feita no final de julho.

“A título de exemplo, no sábado temos um concerto comemorativo do nono aniversário da elevação de Elvas a Património Mundial. Esse concerto já não pode ser cancelado. Há pessoas com voos marcados e hotéis reservados. Aquilo que vai acontecer é que esse concerto não vai ter público. Vamos tentar transmitir em direto ou, se não conseguirmos, gravamos e damos depois a conhecer aos elvenses”, adianta Mocinha.

O autarca pede ainda a compreensão de todos os elvenses para esta decisão do município, apelando para possam contribuir também para que se evite a propagação da doença. “Se regredirmos, vai regredir a nossa restauração, vai regredir o nosso comércio, vão regredir as nossas empresas e são essas empresas que pagam salários ao final do mês”, lembra, assegurando que está é “uma luta que é de todos e a todos vai tocar”.