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Francisca Russo é a nova presidente da CPCJ de Campo Maior

Francisca Russo é a nova presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Campo Maior, tendo assumido funções, no início deste mês, substituindo no cargo Letícia Garcia.

A atual presidente da CPCJ de Campo Maior já estava anteriormente ligada à comissão, como comissária da educação, há três anos, em representação do Ministério da Educação. Francisca Russo refere que, para este mandato, que tem a duração de três anos, tem como objetivos, “para além da proteção de crianças e jovens, quer seja a nível nacional ou de cada concelho ou região, projetar também a CPCJ para o exterior, ou seja, para a comunidade, como uma mais-valia e não como um bicho papão”, uma vez que segundo a própria, “as pessoas veem-na no sentido pejorativo, como se estivéssemos ali para retirar crianças aos pais e esse não é o nosso objetivo, de modo algum”.

Francisca Russo desmistifica que não é a CPCJ que retira crianças aos pais, sendo que, a última instância a tomar decisões é sempre o Ministério Público. “Nós nunca atuamos sem o consentimento expresso dos pais, quer estejam juntos ou separados, a mensagem que passa é que estamos ali para retirar crianças aos pais e é muito negativo, por isso temos também como objetivo mostrar que  trabalhamos com e para as famílias e, melhorar a qualidade de vida das crianças em todos os aspetos, sendo este um dos objetivos primordiais”.

A presidente da CPCJ de Campo Maior revela que gostaria de minimizar as comunicações à CPCJ, porque “seria sinal de que as entidades de primeira linha funcionam na sua plenitude, como Centro de Saúde, GNR, associações e a comunidade em geral”. Nós só atuamos mesmo em situações de perigo e o ideal seria que não existissem comunicações, porque é sinal que as crianças estavam protegidas e bem, e a gozar dos seus direitos, e a viver a sua infância/juventude em plenitude”, apesar de considerar que este é um objetivo “um pouco irrealista e utópico, mas temos que trabalhar para que isso aconteça”.

Francisca Russo apela ainda à sociedade: “fala-se muito que as crianças tem muitos direitos e poucos deveres”, mas a presidente não concorda, “porque ao educá-las para o direito estamos a educá-las para o dever”, e por isso é necessário que “a sociedade esteja atenta e tenha uma postura pró-ativa, interventiva e preventiva, deve escutar o que as crianças têm para dizer, quer seja verbalmente ou nas suas atitudes, e deve alertar as instituições, atuar e intervir antes que a situação se agave, e que não haja autismo social, em relação a estas problemáticas”.

Francisca Russo que é a nova presidente da CPCJ de Campo Maior, nos próximos três anos.

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