O ano de 2021 arrancou com um novo confinamento geral a assombrar a vida dos portugueses e sobretudo dos empresários da restauração.
Mais de metade dos restaurantes fechou portas e apenas 26% recorreu ao serviço de take-away, de acordo com um inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
A Adega Regional, em Elvas, é um dos muitos restaurantes que fechou portas. Depois de um período de férias, anteriormente programado, João Tinoco, proprietário do restaurante, preparava-se para abrir portas. Mas o novo confinamento obrigou-o a adiar os planos. “Este confinamento tem sido mais longo. Não vemos fim à vista e tem sido muito difícil. Um restaurante que emprega 17 pessoas não é fácil de manter mas a verdade é que, tendo em conta as dimensões e a dinâmica do restaurante, precisamos desta equipa”.
O ano de 2020, na Adega Regional, fechou com uma quebra superior a 50 por cento. “Em 2019, ao fim de semana, nós servíamos cerca de 400 refeições por dia. No dia mais forte de 2020 não chegámos às 200 refeições. O que fez com que o ano não fosse assim tão grave foram os meses de janeiro e fevereiro, que estavam a revelar-se melhores que os de 2019, porque os nove meses de pandemia originaram uma quebra muito superior”.
João Tinoco prepara o futuro e deu início já “a um projeto novo que já está em análise na câmara municipal”. O empresário elvense tem expetativas de que “este ano não seja tão duro como o passado e que 2022 seja bom em termos turísticos. Se formos ver os hotéis que tínhamos até agora, bom como os novos projetos que por ai vêm, isso atrai muitos turistas.
O Governo vai divulgar dia 11, o plano de desconfinamento gradual. No entanto, as expetativas apontam para a reabertura dos restaurantes apenas para o mês de abril.