População de Elvas descontente com nova sinalética e município pede justificações à empresa responsável

Chegou à redação da Rádio ELVAS o descontentamento de vários ouvintes sobre a nova sinalética colocada no centro histórico da cidade.

Por um lado, pelo facto de algumas dificultarem a acessibilidade nos passeios, como é o caso da descida da Rua de São Lourenço, e por outro, pela pouca visibilidade que têm, não sendo possível, tal como mostram as imagens, de se conseguir ler o que nelas está escrito.

Sobre este assunto, o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, esclarece que o serviço para colocação de nova sinalética foi contratualizado e formulado pelo anterior executivo, pelo que o atual, nada pôde fazer para parar esse concurso com a empresa responsável. “Possivelmente, no mandato anterior, quem estava a gerir esta casa achou que deveria por uma sinalética condizente com cidade Património da Humanidade, para o efeito contratualizou com uma empresa essa obra de arte que anda pelas nossas ruas”.

“Quando tomámos posse”, explica Rondão Almeida, “esse contrato já estava formulado com a empresa e verifiquei que já não havia qualquer hipótese de parar esse concurso, pelo que a empresa foi trabalhando, na base daquilo que estava contratualizado com a Câmara, há mais de um ano, e ao começar a colocar o povo tem os seus olhos e sabe ver o que está bem e o que está mal”.

O presidente da Câmara de Elvas informa que enviou uma equipa técnica do município, a visitar todos os locais onde foi colocada esta nova sinalética. Segundo explica, depois de ter o relatório, verificou que “em 97% dos casos, das duas uma: ou vão ser arrancadas, ou a empresa vai ter que indemnizar a Câmara, porque não concordamos, em alguns casos está tudo desalinhado, as letras mal se veem, ou tira lugar ao próprio peão que anda no passeio, como tal, há algo muito mau que se está a passar”.

Com base neste relatório técnico, elaborado pelo diretor de Departamento das Obras e Serviços Urbanos, Rondão Almeida diz que esta semana irão atuar, e acrescenta “se tivermos que mandar arrancar tudo mandá-lo-ei e, alguém terá que pagar aquilo que, efetivamente, são os danos causados ao erário público”.

O presidente explica ainda que será feito um inquérito para averiguar todo o procedimento da contratação deste serviço e que a empresa terá de justificar o trabalho feitos, pelo que considera que os elvenses têm razão na sua contestação. “Estamos na base da empresa ter adquirido um direito, vamos indagar como é que foi adquirido, há mais de um ano, vamos ver se existia alguma maquete, que tivesse sido aprovada pela Câmara e se esta está de acordo a que foi adjudicada à empresa e tem que haver um inquérito a todo o procedimento, desde a primeira hora até ao momento atual”.

“Os elvenses têm vindo, e com muita razão, a contestar a sinalética, onde muitas vezes as setas não estão orientadas para o seu o destino, é rara a placa que está nivelada, e isto não é nenhuma brincadeira, porque a empresa vai ter que ter alguma justificação mas, penso que é muito difícil justificar aquilo que está pessimamente feito”, remata o presidente da Câmara de Elvas.