Elvas assinala 400 anos do Aqueduto da Amoreira

“400º Aniversário do Aqueduto da Amoreira. Boas práticas na gestão sustentável do património hidráulico” é o nome da conferência Internacional de Elvas, que vai decorrer no dia 24 deste mês, sexta-feira.

Esta conferência conta com a participação de um conjunto de estudiosos e investigadores, nacionais e estrangeiros, que se juntam à AIAR (Associação de Desenvolvimento pela Cultura), para debater a questão da arquitetura da água e aferir dos variados interesses que essas infraestruturas detêm por via de diferentes edificações nacionais e internacionais.

À semelhança do modelo seguido em conferências anteriores, a organização informa que se pretende proporcionar “um dia de apresentação de trabalhos, promoção de debates e partilha de conhecimento, partindo da efeméride que se pretende celebrar, atendendo sempre daquele que é o principal objetivo das conferências, a promoção e divulgação da cidade”.

Nesse sentido, o Aqueduto da Amoreira, um dos mais imponentes construídos em Portugal, edificação que teve início em 1529 com as obras da captação na Amoreira, até à entrada de água no interior da cidade (Fonte da Misericórdia, 1622), contando com a intervenção do mestre-de-obras reais Francisco de Arruda e, numa segunda fase, com o mestre das obras Afonso Álvares. A centúria de Seiscentos vaticinara por diversas vezes a sua ruína, considerando-se a sua destruição em detrimento das obras da fortificação da cidade, ainda assim, o abastecimento da cidade pelo Aqueduto da Amoreira viria a apresentar um normal funcionamento até ao último quarto do século XX.

O monumento ex-libris da cidade encontra-se aberto ao debate de ideias, permitindo colocá-lo em análise comparativamente com outros exemplares existentes em território nacional e no estrangeiro, construídos em períodos diversos, apresentando todos eles uma mesma função: o abastecimento de água às populações.

Pretende-se assim promover o debate em diversas perspetivas, assente num conjunto de linhas orientadoras, como o valor utilitário e artístico dos diversos exemplares arquitetura da água; os aquedutos e as redes de abastecimento de água às populações; a importância da água no decorrer do tempo: a utilidade primária e lúdica, conservação e restauro. A importância da preservação do património hidráulico.

Como reforço desta comemoração, no dia 23 (quinta-feira) pelas 19 horas, inaugura-se a exposição “Um Aqueduto entre Aquedutos”, na Cisterna da Praça.