Preço dos cereais importados aumenta com guerra na Ucrânia

Os preços dos factores de produção da agricultura estavam já em alta acentuada, com os custos com a energia e os fertilizantes e pesticidas a aumentarem. A invasão da Ucrânia por parte da Rússia veio agora agravar a escalada de preços dos cereais importados.

José Eduardo Gonçalves (na foto), vice-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, explica que “o facto de a Ucrânia ter deixado de ser o principal exportador de cereais faz com que as alternativas sejam mais caras. Esta situação faz com que o preço dos produtos nos supermercados sofra também um aumento”.

“Desde o início da guerra na Ucrânia, que tem estado sem acesso aos portos marítimos, o preço do milho forrageiro já aumentou 36,2%, para os 395 euros a tonelada. Sendo esta cultura uma das principais na produção das rações para os animais, também o preço da carne tem tendência a aumentar”, refere José Eduardo Gonçalves.

No que diz respeito aos fertilizantes, utilizados pelos produtores, “o aumento é de cerca de 300 por cento nos últimos tempos”. Nesse sentido, o vice-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal explica que “é impossível fornecer os produtos aos supermercados sem aumentar o preço”.

As cotações de cereais importados, com entrada nos portos de Lisboa, Aveiro e Leixões não param de subir. Desde o início da guerra na Ucrânia, que tem estado sem acesso aos portos marítimos, o preço do milho forrageiro já aumentou 36,2%, para os 395 euros a tonelada. A cotação da cevada forrageira subiu 29,5%, para os 395 euros a tonelada e o preço do trigo mole forrageiro está nos 400 euros a tonelada, um aumento de 29,03%.