Os voluntários elvenses estão já de regresso a Portugal, vindos de Varsóvia, na Polónia, onde foram entregar os bens recolhidos em Elvas, assim como resgatar quase três dezenas de refugiados.
Às 17 horas desta terça-feira, 15 de março, ainda sem ter almoçado, o grupo, a bordo das seis carrinhas, já estava a caminho do nosso país, a atravessar a fronteira da Alemanha, de acordo com Luís Rodrigues.
Já Rui Cambóias conta que a entrega dos bens, para além de ser feita em momentos “de angústia e stress”, tendo em conta o sofrimento em que se encontram estas pessoas, no centro de refugiados, revestiu-se, por outro lado, para a comitiva, “de uma grande satisfação”. Para as mulheres ucranianas, sobretudo, o momento é de grande ansiedade, resultando num “misto de emoções”, uma vez que se estão, por um lado, “a afastar-se dos maridos”, mas “a colocar os filhos a salvo”, por outro.
Neste centro, revela Luís Rodrigues, foram encontrar apenas outros grupos portugueses a fazerem o mesmo que eles. “Estavam só portugueses a recolher refugiados. Estava um autocarro da Maia, para trazer mais de 40 pessoas, estavam as nossas seis carrinhas, e mais dois portugueses, ali «despernados», também a tentar trazer gente”, explica.
Ao todo, vêm para Portugal, com a comitiva elvense, 29 pessoas – dois homens, 13 mulheres e 14 crianças, incluindo duas com menos de dois anos, e quatro animais (três gatos e um cão). Para além de uma família de nove pessoas, que ficará em Elvas, a comitiva traz ainda refugiados que irá deixar em Coimbra, Figueira da Foz e em Espanha.
A comitiva deverá chegar entre quinta e sexta-feira a Elvas.
