GNR alerta lares de idosos para possíveis furtos

Lares de idosos, bem como centros de apoio social e similares, foram alvo, recentemente, de furtos, na zona norte e Centro do nosso país. Tratava-se de grupos organizados que tinham como objetivo retirar os cofres, que tinham quantias avultadas de dinheiro, assim como outros bens.

Contactado pela Rádio ELVAS, no sentido de alertar este tipo de instituições, para os perigos que correm e quais as vulnerabilidades que apresentam, o Capitão João Lourenço, comandante do Destacamento Territorial da GNR de Elvas afirma que na região, este não é um tipo de crime que tenha um grande impacto, sendo que o último remonta a 2018, pelo que é satisfatório. “A GNR está atenta a este fenómeno criminal, mas apesar de estarmos atentos, na nossa zona, este, não nos tem afetado de forma relevante, temos um único registo, que se refere a 2018, o que nos deixa particularmente satisfeitos, fruto do trabalho que tem sido desenvolvido”.

O Capitão João Lourenço, deixa alguns alertas, quer à direção dos lares, aos funcionários e também aos utentes, para evitar estas situações, porque “apesar de não termos registos é importante que estejamos atentos e que tomemos medidas para prevenir este tipo de fenómenos criminais” No caso da direção das instituições o Capitão aconselha a “devem privilegiar como forma de pagamento e recebimento as transferências bancárias, que nunca tenham, por exemplo grandes quantidades de dinheiro, no seu interior, podendo existir um fundo de maneio em caixa, mas esse deve ser residual”. Quanto aos pertences dos utentes “não devem ser guardados em gavetas, mas sim em cofres, ou locais específicos para depósitos ou bancos, já os cartões de crédito ou débito não devem ser guardados junto com os códigos”.

Quanto a meios de segurança das instalações, a videovigilância deve ser opção, “para prevenir este tipo de situações e no caso de ocorrer alguma situação, contribui para a investigação criminal”, assim como o “controlo dos acessos às instituições, de pessoas e veículos, que contribui para uma maior vigilância, também apostar nos vigilantes devidamente formados e treinados, capazes de identificar situações de risco e suspeitas”, já os sistemas de alarme “contribuem de forma eficaz para evitar e persuadir eventuais suspeitos que pretendem efetuar furtos”, a “iluminação correta em zonas mais escuras” é igualmente importante, assim como ter portas e janelas dotadas “de robustez para não ser fácil uma possível intrusão, neste tipo de locais”.

Os funcionários das instituições, parte integrante das mesmas e “um elo fundamental para evitar também algum tipo de furto”, revela o Capitão João Lourenço, “devem interpelar todas as pessoas que não conheçam, que se encontram ou pretendam entrar no interior das instituições, não as deixando deambular, sozinhas, pelo seu interior”, devem ainda garantir o encerramento de todas as portas e janelas e “desconfiar de serviços técnicos, que não foram solicitados, como água, luz ou gás, interpelando as pessoas e desconfiar daquilo que parece anormal e não devem deixar ou colocar envelopes de dinheiro nas gavetas ou secretárias”.

Quanto aos utentes, estes “não devem ter grandes quantias de dinheiro, na sua posse, nem objetos de grande valor, e devem privilegiar o uso do cartão bancário, sem guardar os códigos junto com o mesmo”, e devem privilegiar o recebimento de reformas por transferência bancária, sempre que for possível”, refere o Capitão da GNR.

O Comandante do Destacamento Territorial da GNR de Elvas reafirma que estas não são situações que sejam preocupantes, na região, no entanto é importante tomar todos os cuidados para evitar que este tipo de crime possa também vir a acontecer na nossa zona. “É algo que nós estamos a acompanhar, não é um aspeto que nos está a preocupar, porque o registo não o demonstra, o último é de 2018, no entanto todo o cuidado é pouco, e não é por não terem ocorrido que não possam vir a ocorrer, pelo que é importante tomar as medidas necessárias para que se evite que estas situações aconteçam, pelo que deixamos estes concelhos a todas as pessoas, para evitar que este fenómeno criminal possa vir a ocorrer na nossa zona”, remata o Capitão João Lourenço.