Cláudio Carapuça sai da vereação na Câmara de Elvas

O vice-presidente da Câmara Municipal de Elvas, Cláudio Carapuça, anunciou, esta quinta-feira, dia 8 de abril, que, por motivos pessoais e apesar do convite que lhe foi endereçado, não irá integrar a lista do Partido Socialista (PS) nas Eleições Autárquicas, em setembro ou outubro.

Carapuça garante que cumpriu “com lealdade” as suas funções, levando já “25 anos seguidos ao serviço da causa pública, sejam eles na qualidade de dirigente associativo ou de autarca”. Após outubro, o ainda vice-presidente da câmara irá regressar à sua base profissional no Município de Elvas, enquanto engenheiro civil.

Questionado sobre o facto desta sua decisão poder estar relacionado com o seu trajeto, ao serviço da autarquia, nestes últimos quatro anos, Cláudio Carapuça assegura que nada tem a ver. “Absolutamente nada”, garante, lembrando que hoje se chora a morte de Jorge Coelho, uma “pessoa de coragem”, considerando que o importante, por vezes, é pensar com “racionalidade e não com emocionalidade”.

“As minhas escolhas são de ordem pura e exclusivamente pessoal, à qual me reservo o direito de não as expor publicamente”, adianta. Carapuça garante ainda que será sempre socialista, não havendo hipótese de integrar qualquer lista à Câmara Municipal, lembrando o trabalho de equipa levado a cabo por si, ao lado de Nuno Mocinha, durante estes últimos anos: “é um trabalho comum, de uma equipa, e que eu, pura e simplesmente, durante este período fui membro desta equipa”.

“Sou socialista convicto e continuarei a apoiar o meu partido. Por razões da vida, por motivos pessoais, não estou disponível para integrar qualquer candidatura”, diz ainda.

Já Nuno Mocinha garante que esta é uma decisão que não o apanha de surpresa, mas que é com pena que vê Cláudio Carapuça deixar a sua equipa. “É uma decisão que já foi tomada há alguns meses, mas foi procurado um momento mais oportuno para a divulgar. Estarmos aqui hoje, os dois, não é por acaso; é para evitar qualquer tipo de especulação”, revela o presidente.

“Eu gostava que o Cláudio continuasse no próximo mandato, na nossa equipa, e que fizesse um percurso para chegar a presidente de câmara”, acrescenta Mocinha, revelando que considera a decisão “legítima”, pelo que a respeita.

Quando questionado sobre o nome da pessoa que poderá ocupar o lugar deixado vago por Carapuça, na sua lista à Câmara, Mocinha garantiu que “o caminho se faz caminhando”, e que ainda não é altura de fazer esse anúncio.

A decisão de Cláudio Carapuça foi anunciada, ao final da manhã desta quinta-feira, na sede do PS, em Elvas, junto à igreja da Sé.