Utentes da APPACDM de Elvas protegidos contra a Covid

A vida de uma pessoa com deficiência deu uma grande volta  quando, no dia 16 de Março, encerraram escolas e centros de atividades ocupacionais e as terapias foram reduzidas ou suspensas. No último ano, verificaram-se avanços e recuos mas a verdade é que o dia a dia destes utentes e das instituições que os acolhem nunca mais foi a mesma.

No caso da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Elvas, “a inclusão na sociedade sempre foi a sua missão. As restrições vieram cortar totalmente a relação entre os utentes e a comunidade o que provoca danos muito grandes”, de acordo com Luís Mendes, presidente da instituição.

O plano de contingência da instituição está em vigor e os colaboradores estão a trabalhar em espelho no lar residencial. Os colaboradores das valências que ficaram encerradas, foram afetos às que estão em funcionamento e é com muito agrado que vemos o espirito de equipa e a disponibilidade de todos para trabalhar em todas as valências”, referiu o responsável.

Luís Mendes refere que decidiram colocar os trabalhadores noutras valências para que “no final do mês não tenham cortes nos seus vencimentos, uma vez que a Segurança Social continua a cumprir com os pagamentos de todas as respostas sociais, como é de conhecimento público”.

Por outro lado, a creche “O sitio dos pequenotes”, da responsabilidade da APPACDM de Elvas, continua a funcionar “como estabelecimento de referência para crianças cujos pais são trabalhadores da linha da frente. Também o serviço de intervenção precoce continua a funcionar. Recebemos indicação parta que os nosso técnico continuassem a prestar esse apoio e como temos o espaço físico disponível, as famílias podem continuar a deslocar-se à instituição em segurança”.

Luís Mendes mostra-se bastante satisfeito pelo facto de todos os utentes do lar residencial e os colaboradores que com eles trabalham diretamente já terem recebido as duas doses da vacina. O presidente da direção da instituição refere ainda que, até ao momento, não registaram “nenhum caso de infeção. Temos desenvolvido muitos esforços nesse sentido e, como é óbvio, também temos tido sorte”.

Apesar da vacinação, o responsável garante que “as medidas de contingência continuam a ser as mesmas”.

Lares residenciais fecharam portas ao exterior e quase todas as instituições tiveram de se reinventar por causa da pandemia da COVID-19. Atividades, terapias e apoio familiar realizam-se agora à distância.