Câmara de Elvas arranca com obra no esgoto a céu aberto

A Câmara Municipal de Elvas vai arrancar com a obra para resolver o problema do esgoto a céu aberto, no Olival da Marchã, já na próxima segunda-feira, dia 8 de março.

A autarquia, segundo o presidente Nuno Mocinha, teve conhecimento da situação, ontem relatada à Rádio ELVAS, por uma das moradoras naquela zona da cidade (ver aqui), junto ao Centro Humanitário da Cruz Vermelha, há cerca de 15 dias, estando já a tratar do assunto, ainda que não seja sua responsabilidade.

“Fomos alertados pela Aquaelvas e pela GNR e é uma situação que acontece num coletor geral, num emissário, que deveria ser responsabilidade da Águas do Vale do Tejo. Não o é, ainda, porque está em fase de tramitação a passagem daquela conduta para a gestão integral das Águas do Vale do Tejo”, revela Nuno Mocinha.

Assim sendo, a Câmara “prontamente disse que assumia aquilo que fossem custos com a obra”. A obra inicia-se na próxima segunda-feira, sendo que se está perante “a substituição de 150 metros de coletor e de duas caixas”. “Teve de ser preparada a obra, teve de se encomendar o material e na segunda-feira vamos intervir”, acrescenta.

Mocinha garante ainda que muitos moradores sabem já que a Câmara Municipal de Elvas vai iniciar a obra, adiantando que o município considera a situação bastante grave. “Não se pode prolongar no tempo e é urgente resolver”, assegura.

Depois, “cá nos entenderemos a pedir o dinheiro a quem de direito o dinheiro que vamos ali gastar, mas as pessoas são alheias a isso”, revela Mocinha. O presidente diz ainda que aqueles moradores têm “toda a razão, no que toca aos maus cheiros e aos prejuízos para o ambiente”. “A Câmara existe para resolver os problemas às pessoas e não sendo diretamente nossa responsabilidade, nós assumimo-la e depois vamos pedir a quem a tem”, remata.

Nuno Mocinha explica ainda que este tipo de obras, tendo em conta uma outra do género, levada a cabo pela Câmara, custa aos cofres da autarquia cerca de 70 mil euros. “Tivemos de perfurar uma estrada, por baixo, na Avenida de Portugal, porque havia ali um esgoto que ia pela avenida abaixo. São condutas já com muitos anos e, por vezes, têm abatimentos, o que implica que se tenha de substituir determinado troço”, intervenções que acabam por ser “difíceis e onerosas”.