A mensagem de Nuno Mocinha neste atípico 14 de Janeiro

O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, deixou uma mensagem aos Elvenses, neste dia 14 de janeiro, feriado municipal e também o dia em que assinalam os 362 anos da Batalha das Linhas de Elvas.

A mensagem para ler na íntegra ou ouvir no vídeo abaixo:

“O dia 14 de janeiro é um dia grande para os Elvenses. Recordam-se os heróis de uma batalha que contribuiu para a Independência de Portugal. Entoam as vozes de um hino que nos enche a alma e nos dá a força para defender o que é  nosso, agradecendo a Deus a vida de todos os dias. É um dia em que há Banda, onde se envolve o Exército,  reconhecido aos bravos que deram a vida pelo nosso País. É um dia de festa, onde as crianças gostam de ir  com os pais ver os cavalos e ouvir as salvas em honra da bravura do povo de Elvas.

Passados 362 anos da Batalha das Linhas de Elvas, é com orgulho que lembramos a nossa história e todos  aqueles que, com extrema dedicação, nos deram a independência e a liberdade dos nossos dias. Dias difíceis,  no início de um ano novo, que teima em não nos deixar esquecer o ano que passou. Um 2020 que nasceu  cheio de esperança, com uma economia crescente e que se esperava ser o melhor ano dos últimos tempos. Acabou por ser um ano particularmente exigente. Não só pelos novos desafios no setor da educação, mas  essencialmente porque conhecemos a Covid-19, que veio alterar o nosso dito normal. Tivemos de nos adaptar rapidamente à nova realidade e preparar o nosso Município para combater esta  doença.

Em conjunto com a Assembleia Municipal de Elvas, Juntas de Freguesia do Concelho, Forças de Segurança,  ULSNA, profissionais de Saúde, Segurança Social, Cruz Vermelha, Bombeiros Voluntários e com o Serviço de  Proteção Civil, entre outros, instalámos equipamentos de retaguarda no CNT, distribuímos EPI´s às ERPIS do  Concelho e disponibilizámos apoio financeiro, logístico e material a várias instituições e pessoas de Elvas.

Foram alargados os apoios sociais, desde os cabazes alimentares às bolsas de estudo; criadas moratórias  para o pagamento de rendas habitacionais e comerciais; criadas isenções de pagamento das bancas do  mercado municipal, ocupação de via pública e esplanadas; ou isenção do pagamento de taxas em mudanças  de usos dos estabelecimentos comerciais e entradas em equipamentos culturais, entre outras, como forma  de apoiar a economia do nosso concelho.

Não baixámos os braços e levámos por diante um elevado volume de investimento para estimular a nossa  economia, de que é exemplo a nova escola EB 2,3 de Santa Luzia, o novo Museu de Arqueologia e Etnografia  na antiga Manutenção Militar, a recuperação das nossas muralhas, praças e arruamentos e a requalificação  de parques de estacionamento.

Mas 2021 ainda agora entrou e já nos colocou num estado de confinamento. Não vai ser fácil! Não vai ser fácil para os comerciantes, para os restaurantes, para o turismo, para a economia, enfim para as  pessoas. A nossa saúde está em primeiro lugar, é certo. Mas sem emprego, é difícil haver saúde. Sinto a impotência de quem gostava de resolver todos os problemas. Mas também sinto a obrigação de os  ajudar a resolver.

Ajudando a criar empresas e emprego, ajudando a conseguir financiamento para as mesmas, agindo como  elemento facilitador do investimento. Dando a mão amiga da Câmara a quem dela precisar. É certo que levaremos por diante a obra de requalificação parcial do Aqueduto da Amoreira, a nova  Residência para Estudantes e acabaremos a requalificação da Zona Industrial, da sede da Banda 14 janeiro e  dos novos laboratórios da Estação de Melhoramentos de Plantas, entre outros investimentos. Mas estaremos cá para, em conjunto com todos os Elvenses de boa-fé, ultrapassar este momento menos  bom, para o qual contamos com a ajuda da vacina recém-chegada a Elvas, mas essencialmente com o  contributo de cada um, para o bem de todos.

Hoje, mais até do que em outras ocasiões, apetece-me dizer bem alto: Viva Elvas! E vivam os Elvenses!”