Com os ginásios fechados, muitos têm sido os instrutores que, através das redes sociais, têm procurado dar aulas online, exemplificando os exercícios que os alunos devem fazer em suas casas.
Se para alguns esta é vista como a única forma de manter as pessoas ativas, numa altura em que, para além dos ginásios encerrados, a prática desportiva em grupo está proibida, há também quem considere este modelo de prática desportiva, através da internet, um verdadeiro problema. Paula Pires, professora de Educação Física e proprietária do ginásio Catorze – Centro de Bem-Estar e Manutenção, considera mesmo estas aulas uma “barbaridade”.
“Peço desculpa pelo que vou dizer, mas acho isso uma barbaridade. Acho que as pessoas devem-se manter ativas, mas nunca se devem fazer treinos sem acompanhamento”, explica Paula Pires. “Tenho visto por aí propostas que são assustadoras, porque as pessoas correm um risco de acidente enorme”, adianta.
Paula lembra que as pessoas, quando começam a acusar cansaço, no decorrer da prática desportiva, cometem erros, sendo que, na sua opinião, em casa, apenas devem ser feitos exercícios com risco mínimo.
Para a professora de Educação Física, em casa e em segurança, não há muito que se possa fazer. Ainda assim, recomenda a população a fazer caminhadas, a passo rápido.
A verdade é que, de portas fechadas, muitos ginásios rumaram às redes sociais para continuarem a proporcionar rotinas de exercício físico aos seus clientes, mas não só. Entre outros, têm sido partilhados desafios semanais, mas também ginásios que disponibilizam consultas de nutrição e treinos personalizados, à distância de uma videochamada.