Com o fim do estado de emergência em Portugal, será feito um levantamento das restrições às cerimónias religiosas, com a possibilidade de, nos próximos dias, as igrejas reabrirem para a celebração de missas, com fiéis. Também casamentos, batizados e funerais podem vir a ser celebrados, ainda que com novas regras.
Ricardo Lameira, padre em Elvas, assegura que vai necessária “muita prudência”, pelo que não acha correto que se reabram as portas das igrejas já em maio, uma vez que é um mês de grande devoção a Nossa Senhora.
“A Igreja vai tentar não estragar aquilo que foi feito e eu tenho consciência plena que quando se abrir a possibilidade de participação no culto, ainda que seja com restrições, nós vamos ter muitos mais problemas e possibilidade de haver mais casos”, revela Ricardo Lameira.
Aumentar o número de missas, para que todos os fiéis possam participar nas celebrações, e ter lugares marcados na igreja, tendo em conta que as distâncias terão de continuar a ser mantidas, são as medidas apontadas pelo padre como as melhores a ter em conta, nos próximos tempos.
Contudo, Ricardo Lameira explica ainda que aconselhará sempre os fiéis a entrarem na igreja fazendo uso de máscara de proteção. “Se é necessário a paróquia gastar dinheiro para ter botijas de álcool e máscaras, para quem não tenha levado, para quem não esteja preparado, vamos fazê-lo”, garante.
Batizados e casamentos, para Ricardo Lameira, só devem voltar a realizar-se depois de agosto ou setembro. “Desmarcámos os batismos e não vamos marcá-los antes de julho”, revela. No caso dos matrimónios, o padre explica que não os pode proibir, apenas aconselhar os noivos que querem contar com a presença dos seus convidados, para que o façam mais tarde.
De recordar que a Conferência Episcopal Portuguesa anunciou no passado dia 21 que está a preparar o regresso possível e gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia, logo que terminar a terceira fase do estado de emergência, em vigor até amanhã, sábado, dia 2 de maio.
Este regresso pode obrigar à realização de mais celebrações, mas com menos fiéis. As pessoas vão ser aconselhadas a entrar nas igrejas com máscaras de proteção.