O Complexo Funerário de Elvas, face às contingências introduzidas pela Covid-19, decidiu implementar as medidas preventivas, nomeadamente nas salas de velório, capela e forno, bem como no cemitério de Elvas e das localidades do espaço rural.
A Servilusa está adotar as medidas que estão a ser implementadas em todo o país e as mesmas têm como objetivo proteger as famílias e todos os intervenientes num funeral.
Paulo Carreira, diretor de Negócio da Servilusa, afirma que “no caso da causa de morte ser por Covid- 19, ou existir a incerteza na causa de morte não se efetua o velório; quanto ao funeral, faz-se do local do óbito, normalmente do estabelecimento hospitalar e vai diretamente para a sepultura ou para cremação; no entanto, no local, pode haver uma pequena celebração pelo padre”. No caso de se tratar de outra causa de morte, pode efetuar-se o velório, mas com algumas restrições, ou seja, o mesmo apenas dura entre 30 ou 40 minutos, antes da hora do funeral.
Nas duas situações, devem ser seguidas as recomendações da Direção-Geral da Saúde, que permitem apenas “um grupo restrito de familiares poder acompanhar a cerimónia, no menor tempo possível, de forma de forma a evitar os aglomerados populacionais”, explica Paulo Carreira.
Em Elvas, “o número de pessoas presentes vai depender do tamanho das salas do Complexo Funerário e serão entre 5 a 10 pessoas, não mais que isso, o número de pessoas está afixado nas portas das salas, que deverão estar fechadas”, algo que, segundo Paulo Carreira, “é fundamental para manter as pessoas em segurança, quer a família quer colaboradores.”
Quanto aos colaboradores desta atividade funerária, todos dispõem de um kit de segurança, têm também um equipamento individual e os estabelecimentos contam ainda com meios de auto proteção individual, passando a existir uma barreira física com plástico para separar zona de atendimento, uma forma de zelar pela segurança dos colaboradores e famílias.
Os colaboradores que lidam diretamente com as urnas e falecidos são também munidos de batas e máscaras próprias. No caso da pessoa ter falecido infetada por Covid-19 existe uma equipa formada que dispõe de equipamento próprio. Nesta situação, o falecido é colocado num primeiro body bag (saco apropriado para colocar o corpo), procede-se à desinfeção do mesmo e depois é colocado um segundo body bag. Também na urna é colocada fita isolante entre a tampa e a parte de baixo da urna, de forma a tornar mais seguro o seu transporte, para evitar qualquer acidente. No caso do falecimento ser devido ao novo coronavírus, o recomendada é a cremação do corpo.
Segundo Paulo Carreira, “este pessoal tem instruções para remover todo o equipamento de proteção, que será recolhido posteriormente por uma empresa especializada, e a carrinha funerária também será descontaminada e devidamente higienizada, sendo eficaz a sua limpeza.”
Quanto às salas de velório no Complexo Funerário de Elvas, não estarão abertas, por não ser recomendado; no entanto, o crematório poderá ter horário alargado, se for necessário, para dar resposta, caso haja uma situação de maior procura ou necessidade para se efetuar as cremações de forma mais rápida.
É sabido que, nos funerais, há uma maior tendência para que as pessoas queiram permanecer junto do defunto mais tempo; no entanto, Paulo Carreira explica que “foram criadas condições para que, neste momento de despedida, a mesma seja mais rápida mas com a dignidade e com a privacidade que é possível fazer, esperando, a compreensão de todos”.
Assim, tendo em conta que os funerais são momentos que propiciam aglomeração de pessoas, bem como o contacto físico, dos familiares mais próximos por esse motivo, são momento de alto risco para a propagação do vírus Covid-19, serão estas as medidas implementadas.