Mina do Bugalho alarmada com chegada de 15 trabalhadores estrangeiros

A população da localidade de Mina do Bugalho, no concelho de Alandroal, está alarmada devido à chegada de 15 trabalhadores, alegadamente, estrangeiros e provenientes de Almeirim, no distrito de Santarém.

Um dos habitantes referiu à Rádio ELVAS que foi ontem, domingo, dia 22, que “chegaram duas carrinhas com 15 homens indianos, provenientes de Almeirim, no distinto de Santarém”; este habitante afirma que “estas pessoas percorrem por temporadas as zonas do país, onde há infetados com coronavírus e a população idosa está com medo, porque não sabe se estão infetadas ou não, mas queremos que alguém de direito confirme os procedimentos mínimos, porque não temos caso nenhum e a população está alarmada e indignada com esta situação.”

Este habitante afirma que “o procedimento deveria ser: alguém da área da saúde deveria perceber se estes homens estão ou não infetados, ou se têm ou não sintomas, até lá estamos indignados”. “A GNR fez os procedimentos que podia e, como não estamos em quarentena total, não se pode fazer mais nada”, foi o que este homem afirmou que lhe tinha sido transmitido pela autarquia. Estes habitantes apenas querem que alguém lhes diga se estes senhores estão bem, uma vez que vêm da zona de Santarém.

A Rádio ELVAS contatou o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, que nos disse que “estas pessoas vêm, há vários anos, para trabalhar numa herdade e são sete ou oito e provenientes das Caldas da Rainha; não são indianos, mas sim brasileiros e portugueses, têm contrato de trabalho há vários anos, visto válido e contrato de arrendamento também válido”. O presidente afirma que se trata de “uma situação de rotina de manutenção da herdade e, para já, não está proibida a circulação de pessoas para trabalhar, no entanto devem ser adotados os devidos cuidados.” Compreende a preocupação das pessoas, mas também “temos que evitar alarmismos e cada um tem de fazer a sua parte, ficar em casa, proteger-se e evitar contactos desnecessários e deixar as autoridades fazerem o seu trabalho.”

O presidente diz que “não há razão para alarme, porque a situação está a ser devidamente acompanhada, e quer tranquilizar as pessoas”. “A população deve manter-se calma e evitar o contacto, perceber que há pessoas que têm de trabalhar e temos de acompanhar e proteger essas pessoas”.

Quanto à questão de fazer ou não testes, João Grilo diz que  “os mesmos só são feitos quando há suspeitas ou as pessoas apresentam sintomas, é impossível as autoridades fazer testes a todas as pessoas que deslocam no território”. Estas pessoas foram “orientadas para terem comportamentos de segurança, apenas uma pessoa irá às compras e os outros ficarão isolados na herdade”.

João Grilo diz que “é preciso contrariar as tendências de alarmismos e apenas devemos cumprir o que as autoridades pedem, temos um país a funcionar e a dar resposta, todos devemos manter os nossos deveres em funcionamento e não sair deles para que tudo corra o melhor possível.”