“Será um trimestre muito duro”, diz António Costa

O primeiro-ministro português António Costa (na foto) falou ontem ao país sobre as medidas decididas pelo Governo, no âmbito do estado de emergência decretado por Marcelo Rebelo de Sousa.

Costa disse que se trata de um conjunto de medidas,  para fazer face à “urgência sanitária” e também à “urgência económica”, sublinhando que é preciso “preservar emprego e rendimentos e impedir que as empresas encerrem as portas”.

O primeiro-ministro anunciou que foram aprovadas, em conselho de ministros, um conjunto de linhas de crédito que serão acessíveis às empresas “sob condição de manutenção de emprego”, e também uma nova prestação para as famílias que estão em casa com os filhos porque as escolas estão encerradas.

António Costa referiu ainda que, para melhorar a liquidez das empresas, são adiados para o segundo semestre deste ano os pagamentos de dois terços das contribuições sociais e também as entregas de IVA, IRS e IRC, tal como a Rádio ELVAS noticiou anteriormente.

As linhas de crédito já anunciadas serão alargadas e, do ponto de vista social, o primeiro-ministro destacou ainda a decisão de suspender o prazo de caducidade dos contratos de arrendamento que caducassem nos próximos três meses, e também a prorrogação automática dos subsídios de desemprego a pagamento, bem como do complemento solidário para idosos ou o rendimento social de inserção, que passarão a ser automaticamente renovados.