O Governo pretende alcançar a neutralidade carbónica em Portugal até 2050, o que se traduz num balanço neutro entre emissões de gases com efeito de estufa e o sequestro de carbono pelo uso do solo e florestas.
Segundo Ricardo Pinheiro, deputado na Assembleia da República, com a função de coordenador da Comissão Parlamentar do Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, serão encerradas as Centrais Termoelétricas do Pego e de Sines (na foto), prevendo-se, com isso, uma redução de emissões de gases, em cerca de 50 por cento, até 2030.
“Na energia solar vamos ter um aumento de potência na ordem de cinco gigawatts por ano; na energia eólica também subir quatro gigawatts; e, com isso, conseguirmos eliminar grande parte daquilo que é a produção de CO2, passando dos 70 milhões de toneladas associadas à produção de energia e à indústria para metade, até final de 2030”, revela Pinheiro.
O deputado, e antigo presidente da Câmara de Campo Maior, assegura ainda que a introdução da bioeconomia poderá traduzir-se em “boas oportunidades de negócio”.
Segundo o Governo, alcançar a neutralidade carbónica terá um impacto positivo na economia e na criação de emprego, fomenta o investimento e cria um maior dinamismo económico, permitindo – ao mesmo tempo – poupanças significativas que conduzem ao equilíbrio da balança de pagamentos. Tem também associados diversos impactos positivos, como a melhoria da qualidade do ar, que se traduz – inevitavelmente – em ganhos ao nível da saúde.