Riscos dos empréstimos particulares na rubrica da DECO

Todo o cuidado é pouco na hora de pedir dinheiro emprestado, sendo que a DECO aconselha os consumidores a evitarem contrair empréstimos sem recurso a instituições financeiras.

A entrega de garantias avultadas, como de um imóvel, é apenas uma das exigências das empresas fraudulentas por trás dos anúncios que garantem dinheiro fácil e na hora, explica Isabel Curvo, jurista da Associação para a Defesa do Consumidor, na edição da rubrica desta semana da DECO.

Estes financiamentos surgem, na maioria dos casos, através de anúncios na Internet, espalhados pelas redes sociais ou em plataformas de venda e troca de artigos, nos quais algumas pessoas – muitas vezes sob nomes estrangeiros – são persuasivas e oferecem taxas de juro muito atrativas.

Os empréstimos particulares são financiamentos concedidos entre particulares, ou seja, sem se recorrer a instituições financeiras. Este negócio, ilegal, consiste na concessão de crédito por parte de um particular a outro, sendo que estas duas pessoas definem entre si os prazos e as taxas de juro a aplicar.

A DECO garante que este tipo de obtenção de crédito não é fiável nem seguro para o devedor, pelo que o consumidor, antes aceitar uma proposta de crédito deste tipo, deve contactar o Banco de Portugal, de forma a evitar ser vítima de fraude.

Nestas ofertas, entre particulares, que não são regulamentadas, contrariamente aos contratos de mútuo, as taxas de juro não têm um limite máximo a aplicar. Como tal, os credores particulares que pretendem financiar o montante desejado por outros consumidores podem aplicar uma taxa exorbitante, levando a que o custo final do empréstimo seja muito elevado devido ao custo dos juros.