Destituição da direção dos Bombeiros de Elvas gera discórdia

Destituída a direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Elvas, pela Mesa da Assembleia Geral, Amadeu Martins e a sua equipa vêm agora dizer que a situação é ilegal.

O presidente da direção assegura que não estão agarrados ao poder, sendo que, revela, “a Mesa da Assembleia Geral não tem competências para destituir a direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Elvas”. Amadeu Martins sugere a realização de uma Assembleia Geral, para que seja proposta, então, a destituição. “Se os sócios presentes entenderem que a direção deve ser destituída, ela é destituída”, assegura.

Amadeu Martins diz ainda que não tem problema algum que seja feita uma auditoria às contas da associação, pedindo apenas que, a mesma, seja feita com isenção. “Só pedimos que essa auditoria não seja feita pelos elementos que fazem parte dessa comissão, nem por familiares”, acrescenta.

Já João Pedro Bugio, presidente da comissão administrativa, por sua vez, defende que a direção não revela qual é a ilegalidade que diz estar inerente à destituição, assegurando ainda que, nesta altura, a corporação precisa de tudo, menos deste tipo de polémicas. “Se há alguma ilegalidade, (os elementos da direção) não a invocam e não se socorreram do meio próprio para o fazer”, alega. Diz ainda ser curioso que a direção assegura querer eleições e uma auditoria às contas, lembrando que foi precisamente para isso que foi criada a comissão administrativa.

João Pedro Bugio assegura ainda que não está agarrado ao poder, garantindo que não se vai candidatar às eleições. O presidente da comissão administrativa revela ainda que a situação da alimentação aos bombeiros está agora assegurada, tanto para os de Elvas, como de outras corporações, algo que, até então, não acontecia.

A direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Elvas, reunida ontem à noite, deliberou que não aceita a destituição da Mesa da Assembleia Geral, que exige a sua destituição. Já a comissão administrativa assumiu funções e prepara-se para dar início à auditoria interna, com o objetivo de averiguar a legalidade de todos os atos de gestão desempenhados pela direção.