Há cerca de seis meses, o Município de Elvas estabeleceu um protocolo com a associação Movimento Animal, no sentido de dar resposta a situações de abandono de animais.
Esta parceria, de acordo com o vice-presidente da câmara, Cláudio Carapuça, permitiu que, durante este período, mais de metade dos animais recolhidos fossem, posteriormente, adotados. Atualmente, o canil municipal de Elvas encontra-se na sua lotação máxima, com 26 animais, sendo que a grande maioria destes chega ao centro de recolha “através das forças de segurança”.
Já a esterilização dos animais que chegam ao canil e gatil municipal é assegurada por aquele espaço. O vice-presidente da Câmara de Elvas revela ainda que está em processo, para que se possa vir a desenvolver, uma campanha para a esterilização gratuita de todos os animais de companhia.
Cláudio Carapuça apela àqueles que pensem em adotar, de forma consciente, um animal, para que se desloquem às instalações da abegoaria, no sentido de conhecer os cães e gatos que lá se encontram, não sem antes entrar em contacto com os serviços municipais.
Cláudia Pombeiro, da associação Movimento Animal, por sua vez, explica que o trabalho feito, diariamente, no centro de recolha oficial de animais de Elvas, é “bastante árduo”. Adianta que, quando recebem os animais, têm de lhe prestar os cuidados básicos, tratam das esterilizações e encaminham-nos para “bons adotantes”.
Segundo Cláudia Pombeiro, o abandono dos animais, que antes acontecia mais por altura do verão, acontece agora “durante todo o ano” e só poderá ser combatido “com uma esterilização em massa”.
O veterinário municipal, Nuno Caldeira Fernandes, por sua vez, explica que está expresso na lei que os centros de recolha oficias, como o canil e gatil municipal de Elvas, só podem aceitar animais de pessoas que já não os querem, em casos muito particulares.