O Presidente da República presidiu, na manhã desta segunda-feira, 10 de junho, à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que decorreu em Portalegre. Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para lembrar que os motivos de orgulho dos portugueses não se devem “resumir a um Secretário-Geral das Nações Unidas ou a um presidente do Eurogrupo”.
As comemorações em Portalegre, revela Marcelo Rebelo de Sousa, assumem um valor de compromisso acrescido com a população do distrito, assim como de outras zonas do interior do país. O Presidente da República relembra a importância de ir mais cedo e fundo aos “portugais demasiadas vezes esquecidos”. Marcelo assegura ainda que um 10 de junho, em Portalegre, tem de ser, entre outras coisas, “mais que um pretexto de invocação do passado”.
Já João Miguel Tavares, jornalista natural de Portugal e presidente das comemorações do 10 de Junho, defende que os portugueses “precisam de sentir que contam”, para além de pagar impostos. O jornalista considera ainda ser “uma tragédia portuguesa” a convicção de que “um jovem que queira singrar na carreira exclusivamente através do seu mérito, a melhor solução que tem é emigrar”.
A assistir a estas comemorações estiveram, entre outros, entidades como os presidentes das câmaras municipais do distrito, assim como o comendador Rui Nabeiro e o presidente da CCDR Alentejo. Se Nuno Mocinha, presidente da Câmara de Elvas, destaca o facto da presidência da república dar ênfase a territórios de baixa densidade, alegando ainda ser uma honra, para o distrito de Portalegre receber estas comemorações, o comendador Rui Nabeiro comenta que, depois destas comemorações já se terem realizado em Elvas e Portalegre, poderiam, no futuro, realizar-se em Campo Maior.
O coronel Joaquim Bucho, diretor do Museu Militar de Elvas, por sua vez, lembra que foram muito importantes estas comemorações, para o distrito, uma vez que levaram Portalegre a todo o país, enquanto Ricardo Pinheiro, presidente da Câmara de Campo Maior, recorda a necessidade de investimento nesta zona do país.
Roberto Grilo, presidente da CCDR Alentejo, por sua vez, lembra que este é um dia histórico que serve para lembrar que “o interior conta” para Portugal. Já Luís Moreira Testa, deputado na Assembleia da República, considera que este momento pode ter sido fulcral para a afirmação de um território que está longe dos centros de decisão.